REFLEXÃO SOBRE O ESTAGIÁRIO E O MENDIGO
Recebi a mensagem “Estagiário Revoltado” - uma pesquisa elaborada por um Estudante - com uma conclusão da qual separei um trecho e reflito sobre ele.
“Estagiário Revoltado
Moral da História:
É melhor ser mendigo do que estagiário, e pelo visto, ser estagiário é pior que ser Mendigo...
Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário.
Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.”
REFLEXÃO SOBRE O ESTAGIÁRIO E O MENDIGO
Nessa pesquisa feita com mendigos - crianças ou adultos - há uma categoria que pode ser incluida com uma rentabilidade ainda maior: a dos guardadores de automóveis que nos abordam em qualquer local que estacionamos um veículo automotor.
Apesar dessa realidade, as Empresas não se conscientizam de que, socialmente, é mais lucrativo oferecer um trabalho a essas pessoas, oferecendo-lhes as vagas visivelmente disponíveis em muitos locais de trabalho, do que os seus empregados e diretores se tornarem vítimas de violência, um dia qualquer, em uma dessas abordagens dos "mendigos".
O que ocorre?
Apesar do dinheiro que esses “mendigos” ganham, eles são revoltados com o tratamento discriminatório que recebem da sociedade, com o ambiente onde moram, com o abandono a que estão sujeitos, expostos a todos os perigos da rua, ao risco do vício das drogas, do álcool e prostituição, além de carregarem o estigma de "assaltantes em potencial".
Alguém gosta quando eles param junto à janela dos carros?
Alguém confia neles?
Essa, para mim, é a grande diferença entre a remuneração que recebe um mendigo dos Semáforos e os Estagiários das empresas: a respeitabilidade como ser humano.
Quais os estagiários que desejam trocar de lugar com eles, mesmo recebendo uma bolsa, ou um salário de valor inferior em alguma empresa?
Parabéns aos estagiários que permanecem trabalhando com dignidade, mas com objetivos maiores e melhores!
Dinheiro é necessário, mas não é a razão principal da vida.
Parabéns aos mendigos que por falta de oportunidade social vivem na rua, esperando o jogo de luz dos semáforos para buscar o alimento, e que ainda conseguem sobreviver sem vender a alma!
Que as pessoas enxerguem esses “mendigos” como pessoas em busca de oportunidade de trabalho decente, enquanto for possível um resgate!
Somos parte da mesma humanidade. Devemos ter uma visão mais direcionada para objetivos comuns de melhor qualidade.
O que será pior para um estagiário: a pobreza de recursos financeiros ou a pobreza de espírito?
Dalva Trindade S. Oliveira
(Dalva da Trindade)
29.05.2007