Unidos por um Mundo Melhor
Até algumas décadas atrás só se falava em “progresso” ou “crescimento econômico” e aparentemente todo mundo entendia e concordava. Assim, em todos os países o objetivo político era basicamente o mesmo: o crescimento acelerado da economia; a construção de um número cada vez maior de rodovias, pontes, usinas, fábricas; aeroportos, a fabricação massiva de automóveis; a expansão de áreas de cultivo e o aumento dos rebanhos. A natureza não tinha nenhum espaço, pois ela era apenas uma fonte inesgotável de recursos, criada para simples serventia do ser humano.
Hoje se sabe que o tão falado “progresso” não traz de fato um desenvolvimento justo, pois ele invariavelmente favorece apenas uma minoria da população.
Assim, a atual crise ambiental planetária nos mostrou que esse caminho desregrado conduz a humanidade ao abismo, a catástrofe de nosso mundo.
Atualmente, multiplicaram-se os ecologistas, as organizações e os movimentos ambientalistas, bem como os Partidos Verdes (PV) que defendem políticas pautadas basicamente para uma nova relação entre a sociedade e a natureza.
Então, os adeptos do movimento ambientalista têm criticado o “capitalismo selvagem” que se preocupa apenas com o lucro, sem levar em conta o uso racional dos recursos naturais e a melhoria de vida da população que depende desses recursos para sua sobrevivência.
O modo de vida predatório das “sociedades de consumo” tem sido contestado pela poluição exagerada que tendem a produzir. Nelas, a publicidade direcionada para o lucro desmedido das empresas convida as pessoas a consumirem cada vez mais. As embalagens de plástico, lata ou papel tornam-se mais importantes que o próprio produto. A moda segue um ritmo frenético para que novos produtos possam ser fabricados e lançados no mercado. A cada ano que passa as mercadorias são produzidas para durarem cada vez menos, para não diminuir nunca o ritmo de crescimento. Hoje tudo é praticamente descartável. Por exemplo, os automóveis têm sido fabricados para durar poucos anos; as habitações construídas atualmente têm duração muito menor que as do passado e o mesmo se pode dizer das roupas, além de vários outros produtos.
Como infelizmente é comum em nossa época mercantilizada até o “movimento verde” foi absorvido pelo discurso capitalista. Às vezes a defesa do meio ambiente resulta em promoção pessoal e mesmo em ganhos financeiros. É o caso das empresas que visam apenas ao lucro com a venda de produtos com ingredientes naturais ou de instituições que associam conceitos de ecologia para promover sua marca. Isso em alguns casos denota o oportunismo, mas no geral o que se vê é um interesse crescente com a preocupação séria com a proteção da natureza.
Em tudo isso, o que se observa é a renovação que a problemática ambiental ocasionou nas idéias políticas e nas ações das empresas e dos cidadãos pelo mundo todo.
Está claro para todos que a natureza precisa ser respeitada. É necessário, portanto, repensar o modo de vida, a produção, o consumo, o lucro e a relação disso tudo com futuro da Terra. É esse o importante recado que o movimento ecológico trouxe para o nosso dia-a-dia.
Cada um de nós deve assumir sua parcela de responsabilidade frente a esse grande desafio. A luta pela construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para nossa sociedade é uma meta que só será alcançada se contar com o envolvimento de todos nós !!!
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Publicado no Jornal O Girassol, edição n. 300, p. 08, de 14/07/2010. Palmas – Estado do Tocantins. Disponível em: http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=Opiniao&idnoticia=17226
Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 382, p. 15, de 01/10/2010. Gurupi - Estado do Tocantins.
Giovanni Salera Júnior
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187
Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior