O Tempo e a Existência

O futuro não existe como evento. É apenas um conjunto de probabilidades estatísticas de ocorrências, eventualmente afetadas pelo acaso (tiquismo).

O tempo presente tende a zero, invariavelmente. Considerando-se que toda ação é formada por um conjunto infinitesimal de microações componentes do todo e que só experimentamos (cada uma delas), depois de terem ocorrido, então, quando algo está ocorrendo, em verdade, ou ainda é uma probabilidade de ocorrência (futuro), que pode, inclusive quanticamente, ser alterada ou já aconteceu, para que possa ser percebida por nossos sentidos e reconhecida por nosso cérebro (mente).

Inexistindo o futuro e tendendo a zero o presente, resta-nos desenvolver as seguintes duas hipóteses:

- nossa existência no Universo, assim como a existência de qualquer outro elemento nele contido é infinitesimalmente pequena, em relação à ordem de grandeza do tempo percebido pelo próprio todo desse Universo. Chamemos a esse tempo o “tempo universal”. Explicando: se o Universo nos transmitisse de alguma forma a sua própria percepção do tempo, nos diria que o tempo que existimos vivos e mortais dentro dele é pequeníssimo. Como conseguimos perceber uma bolha de sabão estourando, por exemplo. Sob o ponto de vista do estouro da bolha, sua existência deve ter sido duradoura, assim como o Big Bang, que para nossa capacidade de percepção levou (e está levando) alguns bilhões de anos, mas que através do olhar do Universo levou o tempo de estouro da bolha de sabão. Não nos esqueçamos, de que existem resíduos materiais e energéticos resultantes do estouro da nossa bolha de sabão, que permanecem após o evento principal e que não conseguimos captar a “olho nu”. Assim, existem efeitos resultantes do Big Bang (movimentação relativa de poeira cósmica, movimentos de expansão e retração, etc.), que percebemos através de equipamentos especiais, dos quais o Universo, talvez, nem se dê conta.

- os nossos sentidos só presenciam o passado. Quando nossos olhos ou ouvidos registram um evento, ele já ocorreu. A nossa percepção depende das velocidades da luz (eventos eletromagnéticos)e do som(evento mecânico), sem falar de outras formas mecânicas de transmissão de energia, mais lentas do que as duas primeiras.

Bem, estão lançadas as hipóteses. Convido, agora, os amigos a desenvolverem comigo uma tese que comprove filosoficamente, porém, com embasamentos físicos, essas duas hipóteses.

Esse trabalho já iniciou. É, portanto, passado em parte e um conjunto de probabilidades, que espero resultem em algo, que seja reconhecido e útil, no futuro.

Agora, vamos depressa, porque o tempo de nossa existência é muito, muito curto.