Vida

Amanhecerremos convictos,

de que o nosso espírito já é vencedor.

Daremos as cartas;

não deteremos em nossas mãos,

nem os ases nem os trunfos.

Beberemoos a indiferença,

com o pensamentos idiota

de que os enfraquecidos

são os que caem primeiro;

ao meio dia,

os porcos serão o prato principal.

Encerraremos a missão;

sem derramar o sangue,

sujo ou limpo.

teremos que plantar as nossas sementes,

como prédios que precisam ser construídos.

Um poderzinho, constrói um grande tolo.

Com sabedoria se rege grandes negócios.

Atiraremos nos joelhos de dentro para fora,

e faremos da dor,

o prazer deste corpo sem vida;

enquanto novos loucos são criados.

Pisaremos pelas calçadas

prontos para o sacrifício;

venceremos o cançasso

olhando dentro dos olhos,

percistentes, firmes.

Se abatidos, resistiremos até o fim;

Com os olhos pintados de lutor,

os dentes lavados com sangue;

e assim sufocaremos o inimigo.

Prepararemos a alma

para que se engrandeça com a vitória,

com a derrota,

e os filhos

para que não se desviem,

dos seus alvos.

Farta munição e de qualidade,

para que a sorte, não traia a técnica;

Inteligência e sabedoria,

para que o conhecimento

não seja tolo.

Seremos sempre líderes, de nós mesmos!

Verdadeiros,natos.

Lutaremos contra os prazeres vãos e momentâneos.

O duelo final e mental.

Vibraremos ainda que o corpo,

esteja conçado da fadiga.

Estudaremos os pontos fracos,

os nossos, em primeiro lugar.

O obstáculo é terreno,

e no terreno permanecerá.

Esperaremos que esse momento ruim,

vá e não volte,

mas manteremos a nossa postura.

Espremeremos o tédio,

como quem tira o caldo da cana para beber.

Nos lugares vazios,

desenharemos esses rostos,

que procuram por nada e

encontram ninguém.

Cavaremos covas pra enfeitar

os jardins deste palácio de miséria;

derreteremos a cratera;

pintaremos estas paredes em nós

como quem domina os seus próprios sonhos,

espalharemos taças de vinho,

na chegada e na partida,

mas só nós conseguiremos

viver a alegria, da dor deste poema,

tão real e tão fingida;

a flor branca,

que nasce pra enfeitar a morte;

amor que não consegue mutilar a dor;

dor que não é dor,

que é vida.

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 10/05/2010
Reeditado em 25/06/2010
Código do texto: T2248306
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.