Dando tchau pra noite
Nenhum som a mais sai da minha alma
Acendo agora meu ultimo cigarro, companheiro de minhas crises
Quando o dedo escorrega sobre o cilindro áspero e a faísca atinge o gás
É como uma cena mística, o fogo é místico
A ciência explica, mas os olhos explicam melhor
Eles se fixam na fumaça branca que sobe suavemente
E eu penso que este é o meu incenso
Incenso da destruição, matando-me devagar
Nicotina, alcatrão, éter, veneno de rato e algo mais
Coisas que os publicitários já devem saber mais que os cientistas
Ah eu sei, me divirto com a minha própria loucura
Mas sabe o que eu queria fazer?
Escrever os mil pensamentos contidos nos espaços de cada uma destas palavras
Já pensou? Um poema só de entrelinhas...
Que sono, vou embarcar nessa
Te cuida amiga, manda um abraço pra lua...