Reforma Educacional

Li neste final de semana, um artigo pedagógico elaborado por Anísio Teixeira, a crítica chama-se Mestres de Amanhã, e defende a reorganização da idéias da psicologia e didática infanto-juvenis. O que mais me agradou foram os artifícios referentes à solução da nossa atual e grave problemática da educação brasileira. Para você você possa entender, a política pública educacional de Anísio Teixeira nos remete modelos educacionais de sucesso, abordando clássicos e eficazes meios de educar, como a escola pública americana. Uma leitura interessante, cujo um trecho me chamou atenção:

“(…) com a expansão dos meios de comunicação, o mestre perdeu esse antigo poder, passando a ser apenas um contribuinte para formação do aluno (…)”

TEIXEIRA, Anísio. Mestres de Amanhã, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Rio de Janeiro, vol 40, nº 92, out/dez. 1963. p 10-19.

A memória de longo prazo sempre é associada com algum evento marcante; e este é o papel dos professores de hoje; dispor de meios facilitadores para tal aprendizado. Os conhecimentos anteriores e a diversidade de atividades são alguns dos elementos que ajudam no processo, e principalmente, abrem caminho para o sucesso da pedagogia.

A formação do profissional de educação está bem além do ensinar, pois a tecnologia aumenta vigorosamente o nível de aprimoramento e criação da educação do indivíduo. Alguns professores, com o aparecimento da microinformática, tornaram-se extremamente obsoletos requisitando artifícios educacionais já ultrapassados. Naturalmente, com a inserção da informática e a massificação de outros meios já antigos como televisão e o rádio, a educação muda e progride.

O maior desafio dos professores de hoje, é isolar elementos do cotidiano, analisá-los e posteriormente juntá-los às matérias taxadas como maçantes e amargas. Outra tarefa complexa é o controle dessa interdisciplinaridade, pois alguns alunos a partir dessa inovação podem passar a acreditar que tudo dentro de sala de aula é uma brincadeira, sendo a brincadeira um artigo de segundo plano e a educação e satisfação em primeiro.

O bom professor não é aquele que expõe o conteúdo proposto, e sim aquele que excita o aluno, que instiga a vontade de entender sobre o tema em abordagem. Por exemplo, se o foco da aula fosse sobre o aparelho respiratório; seria bem criativo e empolgante, se o professor começasse uma discussão referente ao frio, e como as mães reagem a essas questões. Alguns alunos citariam sobre suas mães comentando: “coloque já um casaco, pois poderá ficar resfriado”, ou até mesmo “que dor no corpo, acho que estou resfriada”. Tais comentários dentro do debate abrem espaço para o professor comentar e ensinar tópicos sobre as doenças que ocorrem no aparelho respiratório. Essa didática ficaria ainda mais rica, se utilizasse dos serviços de um computador, onde os alunos tivessem à disposição, jogos eletrônicos referentes ao tema, ou até mesmo por pura pesquisa.

Visto que o professor utiliza-se de elementos sui generis para integrar uma didática eficaz dentro de sala de aula, e que os alunos modificam-se dentro do quesito aprendizado, de acordo com adventos como a tecnologia, espera-se a tão sonhada educação modelo brasileira. A tão esperada cultura, juntamente com a educação dos novos educadores é a chave para o extermínio dessa problemática.

Educação para os educadores, assim, os educados serão finalmente vistos como prioridade social e sobretudo cada vez mais privilegiados.