Deixas Solitárias - XXVIII
Todos temos nossos desatinos... Até você Patinha, como bem reporta. Faz tempo que não transcrevia nada seu.
Eu lhe devo desculpas. Vivi uma semana bastante difícil, como você pôde perceber. Mas reconheço que isso não justifica os erros que cometi. E espero que você me perdoe.
Passei o final de semana todo pensando em você (pra variar), desejando que a segunda-feira não demorasse a chegar, para finalmente olhar nos seus olhos & pedir perdão por tão pouca atenção & carinho dedicados. Para finalmente matar a saudade que me consumiu durante esses dois dias.
E quero também esclarecer uma coisa... Na sexta, embora as circunstâncias não estivessem a favor, poderíamos ter dado uma escapadinha. Mas eu achei melhor não ir, mesmo contrariando minhas próprias vontades. Talvez você ache estranho, mas não quis dar a esticada por respeito a você, por respeito a nós dois. Eu sabia que não seria 100%, estava cansada & irritada, portanto não ficaria relaxada o suficiente & nosso encontro deixaria a desejar. Por favor, não entenda isso como desinteresse, muito pelo contrário. Apenas senti que não seria tão bom, senti que a entrega não seria tão absoluta como tem sido. Mais uma vez peço desculpas & agradeço a sua paciência & seu carinho para comigo. De qualquer modo, estamos começando mais uma semana &, caso eu cometa esses erros novamente, puxe-me as orelhas, ok!?
Eu sou feliz, meu amor, pelo fato de você tão lindamente existir, & muito grata por aquilo que você representa em minha vida. Eu acho que você já sabe, mas lá vai: Eu te adoro. Muito.
“CAÇADOR DE MIM”
(do bom Milton Nascimento)
Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções, entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito à força numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim.”
Peixão89
Deixas – 1998-2000