NEPOTISMO - Ensaio Filosófico
NEPOTISMO – do Latim “NEPOS, NEPOTIS” = descendente.
No Brasil e em outros Países que ainda não atingiram a plenitude democrática, o termo “Nepotismo” é noticiado com uma freqüência indesejada, pois a ele estão atrelados os conceitos de prevaricação, corrupção e/ou, no mínimo, incompetência, ineficiência e vários outros adjetivos pejorativos.
Em sentido corriqueiro, o Nepotismo significa a prática de alguns políticos que empregam familiares no Serviço Público, em verdadeiras sinecuras, com os efeitos negativos supra mencionados, e mais os que surgem como efeito da não contratação de pessoas realmente aptas e capazes para os cargos que preencheram com seus apadrinhados.
Contudo, a bem da verdade, deve-se registrar que essa pratica não foi inventada por maus políticos de países subdesenvolvidos e nem lhes é exclusiva; como também não é fruto da atualidade. Aqui vale rememorar que o ilustre Pero Vaz de Caminha na carta que enviou ao Rei português relatando a descoberta da “Terra de Santa Cruz” acrescentou um pedido de emprego para um cunhado seu. A História não diz se foi atendido.
Historicamente situa-se o inicio do Nepotismo no começo do fortalecimento do Catolicismo, criado pelos Papas que favoreciam seus familiares com cargos de suma importância e generosamente bem remunerados. E, claro, em detrimento dos indivíduos realmente capazes e aptos para o desempenho daquelas funções. Dado o exemplo, o Nepotismo passou a ser usual em outros setores da Sociedade, particularmente nos Governos, causando injustas demissões e/ou não contratações de pessoas melhores qualificadas.
Além de imoral (mesmo que legal) esse comportamento foi o grande responsável pelas mazelas nos Serviços Públicos, fato que ocorre ainda hoje, malgrado os esforços das Sociedades Civis para eliminar essa prática funesta.