Globalização
Precedentes Do Fenômeno Coletivo Globalização
O psiquiatra suíço Jung, conterrâneo de Freud, estava certo: A globalização sempre existiu. Desde os primeiros grupos de primatas a humanidade estava plugada globalmente na “Internet” sem fio do magnetismo Inconsciente Coletivo.
Confirmaram posteriormente este fato os departamentos de pesquisa parapsicológica de universidades do 1º Mundo, no período do pós-guerra, na vigência do vale-tudo ideológico da Guerra-Fria entre Estados Unidos e a, então, União Soviética. Esses departamentos de pesquisa provaram a existência, entre outros, do fenômeno denominado telepatia.
Desde 1882, com a fundação da Society for Psychical Research, em Londres, por cientistas, alguns deles detentores de Prêmio Nobel, os fenômenos de comunicação inconsciente são estudados. Destacaram-se em apresentar resultados, a Duke University (J. B. Rhine) na Carolina do Norte, Estados Unidos, e a Universidade de Leningrado, na Rússia.
Para efeito da argumentação deste trabalho interessa a transmissão de notícias via direta, por intermédio dos cinco sentidos, não de um sexto ou de outros possíveis sentidos. A menção ao IC como agente primeiro da globalização através da telepatia, se justifica porque em 1953, no Congresso Internacional de Ultrecht, na Holanda, a parapsicologia foi reconhecida oficialmente como ciência.
A Globalização via Internet teve como antecedentes as Cruzadas, as narrações de Marco Polo, a criação da imprensa por Gutemberg e as grandes navegações que deram origem às narrativas fantásticas de marinheiros do Novo Mundo.
No intervalo de tempo histórico entre 1095 e 1270 oito cruzadas oficiais formadas por cavaleiros e nobres, príncipes e reis, visando defender seus latifúndios, resolvem combater a expansão muçulmana. Alegaram eles, os cruzados, que defendiam interesses religiosos, uma vez convocados pelo papa Urbano II a tomar de assalto o controle muçulmano da região onde está localizado o Santo Sepulcro, em Jerusalém.
As batalhas para expulsar os muçulmanos da península Ibérica e a luta dos cavaleiros saxões em expansão para o leste, contribuem para despertar nos europeus a consciência de uma unidade cultural (“globalização”) que originou a formação de Estados nacionais no século XIII. As cruzadas reabriram a navegação no mediterrâneo aos europeus, e aumentaram as relações de comércio entre Ocidente e Oriente.
Marco Polo, autor do “Livro das Maravilhas”, o mercador e viajante italiano, nascido na Dalmácia, atual Croácia, em 1254, na época província veneziana, descreve o mundo pelo qual havia navegado com o pai e o tio, ambos mercadores venezianos. Ele conta histórias do Extremo Oriente, Turquia, golfo da Pérsia, Afeganistão (onde cura-se da malária), Paquistão e China. Em 1295 volta a Veneza, após exercer funções administrativas e diplomáticas na corte do soberano Kublai Khan, neto de Gengis Khan. Posteriormente, o “Livro das Maravilhas” transforma-se num clássico traduzido para muitas línguas. Os informes geográficos nele contidos servem de orientação para muitas viagens marítimas nos séculos XV e XVI.
A “globalização” de interesses expande-se a partir das grandes navegações. Elas têm início com o surgimento da burguesia mercantil em busca de novos mercados fora dos domínios europeus.
A conquista do Novo Mundo teve por pretexto evasivo a doutrinação religiosa dos povos infiéis, justificativa religiosa para a invasão da América Latina e do Sul, e para a submissão de seus habitantes naturais aos interesses ideológicos de cobiça e avidez pecuniária do invasor europeu, motivado à conquista de novas terras pela insuficiência da produção agrícola, pelo declínio econômico da nobreza, o encarecimento dos produtos orientais e a busca de metais preciosos.
A imprensa moderna, principal precursora da Internet, surge no século XV com a tipografia, invenção de Johan Gutenberg, em 1440. Ela revoluciona os processos de composição dos textos, uma vez que permite o reaproveitamento dos caracteres gráficos na produção de outras páginas. A impressão fica bem mais ágil.
No início do século XIX, o alemão Friedrich Koenig cria a imprensa a vapor, usada pelo jornal “The Times”. A nova invenção imprime nada menos de mil e cem cópias de páginas por hora. Richard Roe foi o norte-americano que em 1846 lançou a primeira máquina rotativa de uso comercial. A velocidade de impressão aumenta para cinco mil páginas por hora, devido a alimentação mecânica da impressora com rolos contínuos de papel.
Em 1884 o alemão Ottmar Mergenthaler insere no processo de impressão a composição mecânica dos caracteres, tornando ultrapassados os tipos móveis manuais. Na década de 50 os textos e as fotos são produzidos em papel cuchê, montados manualmente (paste-up) e fotografados em fotolito. O fotolito gravado em chapa de alumínio vai para a impressora. A partir da gravação direta no cilindro de impressão, tudo que está gravado no fotolito é transferido para o papel.
A partir da década de 80 as empresas jornalística informatizam-se. As etapas de produção da mídia impressa seguem a onda cibernética da digitalização. Os textos, as fotos e toda a produção impressa são elaboradas via micro. O computador agiliza os trabalhos de repórteres, fotógrafos e editores.
A editoração eletrônica substitui a fotocomposição. A diagramação também é feita por computador. O fotolito é gerado a partir do arquivo eletrônico. Na década de 90, o sistema filmless (sem filme), imprime diretamente do cilindro de gravação, por meio de impulsos eletrônicos gerados pelo computador. É o fim do fotolito. É o início do domínio dos sistemas de controle eletrônico da comunicação e da informatização computadorizada. É a origem da multimídia multinterativa, da Internet.
“EFEITO ESTUFA”
A ECO-92, no Rio de Janeiro, estabeleceu o Encontro Anual da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática. Em 98, delegados de 160 países fecharam uma cronologia de discussões sobre o Aquecimento Global. Apesar da urgência das decisões, não houve nenhum progresso em relação à Conferência de 97 em Kyoto, no Japão. Nela, os países do 1º Mundo se comprometeram a reduzir a emissão de gases poluentes responsáveis pelo Efeito Estufa.
Por que a urgência? Se tivessem cessado todo tipo de emissão de gases atmosféricos poluentes, no início da última década do século passado, as efetivações nocivas de tais emissões se prolongariam ainda até para depois do ano 3000. Recentemente, o todo poderoso Mr. Bush não renovou a participação dos EUA na subscrição do documento da Conferência de Kyoto, que impedia a proliferação de tal política, sob a alegação da recessão econômica americana aumentar.
Isso é que é capitalismo cromagnon: a saúde das pessoas (transformadas em números e conceitos de mercado), não é primazia do capitalismo, mas a produção exacerbada de mercadorias que, mais que poluem, envenenam o meio ambiente. A saúde dos recursos planetários não tem a menor importância. O lucro a rápido prazo é o único fator a considerar. Nesse contexto antidemocrático de decisão unilateral, de prepotência política, de depreciação dos recursos naturais do planeta, quem se admira do vírus anti-EUA estar a se proliferar mundo afora, não apenas nos países islâmicos?
Basta você apertar um inofensivo bastão de “spray” debaixo das axilas para contribuir com a proliferação do devastador Efeito Estufa. O resultado, horrendo e macabro, acontece e se multiplica toda vez que dona Massamídia, amante incondicional do senhor Mercado, utiliza produtos de beleza, anti-sépticos e detergentes domésticos à base de fluorcarbono gasoso (fréon). Ou quando qualquer avião supersônico de passageiros alça vôo dos aeroportos internacionais, ou os porta-aviões bombardeios alçam vôo carregados com mísseis Tomahawk.
Uma redução de 3% da camada de ozônio provoca 8 mil novos casos de câncer de pele, só nos EUA. Inseticidas, fertilizantes e bronzeadores tipo “spray” contribuem para a redução crítica da mesma. A diminuição desta proteção permite à radiação ultravioleta chegar em quantidades letais a muitos lugares da superfície do planeta, através de efeitos imediatos e danosos devido ao deslocamento errático da linha de falhas.
Pesticidas e inseticidas proibidos nos EUA, são comercializados em países to Terceiro Mundo pela indústria do capitalismo selvagem do tio (in)Sam(no). O uso indiscriminado dos mesmo foi responsável pelo extermínio de espécies inteiras de insetos, aves, peixes, e pequenos animais.
São mais de cinco milhões de óbitos por ano, efeito criminoso de enfermidades associadas à má qualidade da água, condições deficientes de higiene e saneamento básico. Cientistas sanitaristas a serviço da ONU alertam que metade da população dos países em desenvolvimento padecem de moléstias em decorrência de condições inadequadas de consumo de água. Diarréia e esquistossomose estão nos primeiros lugares desse campeonato insalubre macabro.
O esgoto e o lixo contribuem para a multiplicação desmedida de algas e microorganismos danosos ao ecossistema marinho. A maré vermelha, superabundância de algas no mar, é o efeito do material orgânico do lixo doméstico lançado dos esgotos. Tal proliferação impede a passagem de luz solar e libera substâncias tóxicas que ameaçam a sobrevivência de espécimes aquáticos.
A Academia Nacional de Ciências dos EUA divulgou que 20 milhões de toneladas de lixo são lançadas ao mar anualmente. Visando alertar os países para este problema, a ONU proclamou 1998 Ano Internacional dos Oceanos. O Instituto Mundial de Recursos denunciou que a construção de represas nos ecossistemas de água doce, e a canalização artificial de rios, são ameaças à conservação da vida em rios e lagos. De 1950 até hoje, a quantidade de barragens cresceu de 5.270 para mais de 36.500. Cada barragem de usina hidrelétrica construída no rio Amazonas, que possui mais de 3000 tipos de peixe, pode ser agente de extinção de mais de 150 espécies de peixes.
Evidencia-se que o compromisso de Mr. Bush não é com a sobrevivência da humanidade a longo prazo, mas com os lucros a curto é médio prazos. Os possíveis bombardeios a países islamitas que darão guarita a Bin Laden provam isto. A política suicida de retaliação foi uma mostra do que Mr. Bush pode fazer pela exacerbação dos ânimos cromagnon de uma civilização neolítica que se traveste à “black-tie” em suas festas de com fraternização.
Quanto tempo será necessário para que os fundamentalistas do Islã organizem a logística da infiltração de bombas nucleares em território americano? Mr. Bush e seus conselheiros bélicos não estão nem aí para a lógica das previsões a longo prazo. A prepotência vem em primeiro lugar. O vírus anti-EUA espalha-se não sem razão. Mostrar os músculos da velha Lei de Talião é o que importa: Terror X Terror. Horror versus Horror: é a Lei. Os “arquivos X” de uma realidade mais lamentável que qualquer ficção ordinária.
Até a data fatídica das explosões nucleares em território americano (e a conseqüente nova retaliação), quais serão os desdobramentos da política do medo e do terror que ambas as civilizações manterão enquanto mútua demonstração de mongoloidismo bélico? Einstein afirmava estar horrorizado com o abismo enorme existente entre o estágio de evolução científica e técnica da humanidade em contraposição à estagnação do caráter humano.
Da mesma forma afirmou Fidelino de Figueiredo em “O Medo da História” escreveu: “Quantas esperanças fundaram os alemães nos gases asfixiantes e na guerra bacteriológica...E os que mais protestavam contra esses nefandos genocídios herdaram a idéia e continuaram os estudos de aperfeiçoamento dela.” Por que historiadores afirmam que os Aliados ganharam a II Grande Guerra, se o “Reich dos Mil Anos” continua fazendo sangrar a humanidade dividida, em pé-de-guerra? Se os líderes supostamente democráticos continuam incansáveis, as estratégias de dominação política, econômica e social do planeta?
Quanto tempo será necessário? Doze anos, uma década e meia, talvez? Aonde está o caráter desses insignes políticos? As bandeiras pelas quais teriam lutado e vencido os exércitos negros de Hitler? Quem se importa com a sobrevivência da humanidade a longo prazo? “A próxima guerra será de paus e pedras”. Agora, os agentes do mercado só estão preocupados em quantos bilhões vão vender em armas. Quanto vão faturar em lucros fantásticos os agentes das empresas do complexo industrial militar. Que dúvida pode haver sobre ser, este, realmente, o planeta dos macacos? Os símios que me perdoem a comparação com esses tubarões genocidas do colarinho branco.
Quem se importa?
Às dezenas de espécies de animais em vias de extinção, soma-se, no Brasil, os intelectuais e escritores não subservientes à política do neoliberalismo e quejandas.
Fica claro que os responsáveis pelo grande capital da pilhagem e devastação do planeta, não têm compromisso com a qualidade de sobrevivência e de vida da humanidade.