Quem mata mais?

Sempre que ouço os jornais, vejo notícias sobre as pragas que assolam a atual geração: dengue, gripe suína, cardiopatias, acidentes automobilísticos (causados por outras pragas como: embriaguez, má conservação das estradas, imprudéncia).

Tais pragas, dizem os áncoras, matam tanto por cento, outras são as campeãs de causa de morte, e tal e coisa. Vejo todas manchetes como chamarizes e disfarces: O primeiro, porque atrai os telespectadores. Notícia boa não costuma dar audiéncia. O segundo porque disfarça as pragas maiores, que estão por trás das mortes por dengue, por acidentes de tránsito, cardiopatias.

As pragas (enormes) por trás dessas mortes atendem pelo nome de corrupção, malversação do dinheiro público, analfabetismo (que gera péssimas consequéncias para a saúde).

No Brasil ainda se morre de doenças que poderiam ser tratadas com água, sal e açúcar. Não é assim que a desidratação causada pela disenteria é tratada? Mas quem conhece a fórmula do soro caseiro, aquele que tem gosto de lágrima humana, e é feito com um litro de água tratada, uma colher de sopa de açúcar e uma pitada de sal?

O Brasil continua ignorante, corrupto, iletrado, maleducado. Isso é fruto de um acordo tácito entre povo e governo. Esse finge que governa, e aqueles aplaudem o desgoverno.

Não estou falando apenas do atual governo, nem apenas do poder executivo. Quando eu falo em governo, me refiro aos três poderes, de todas as esferas (federal, estadual municipal e distrital) e de todos os tempos (desde o império até os tempos atuais).

Outra praga que nos atinge em cheio é a indisposição para correr atrás da cura, da erradicação de todas as pragas que acometem este malfadado país. Somos preguiçosos. Descruzar os braços e partir para a luta seria perigoso. Quem se atreveria? Temos coragem de morrer de qualquer praga, mas não de lutar para erradicar qualquer uma delas.

Quando Deus era Israelita (hoje não existe esse adjetivo pátrio), ele falava com seu povo, e mesmo assim o povo o decepcionou. Então Deus desistiu de Israel e escolheu pessoas de todo o mundo para ser seu povo. A Igreja Católica se diz esse povo.

Eu escrevi um texto dizendo que a morada atual de Deus é no Rio de Janeiro. E acredito que seja, pois com todas as pragas aqui citadas, e as enchentes que atingem o Rio, sem falar no tráfego que se concentra nas favelas cariocas, mesmo com tudo isso, ainda se pode chamar o Rio de Cidade Maravilhosa.

Espero que o Brasil abra os olhos, pelo menos daqui a cem anos, para o tamanho do pecado que comete ao receber missões tão importantes: proteger a Amazónia, plantar para alimentar-se e alimentar muitos países do mundo; cuidar da saúde de seu povo (por meio dos maravilhosos BUTANTÃ, FIOCRUZ e FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS; evangelizar o mundo, pois é a Pátria do Evangelho; divertir o mundo com seu carnaval de primeira qualidade, na capital do mundo, o Rio, e com a Seleção seu futebol-arte, que faz o nosso craque sambar com a bola no pé, como já disse uma canção, em homenagem ao bicampeonato.

Temos remédio para tudo. Somos compatriotas de um grande intermediário entre o mundo de cá e o d´além, o Chico Xavier. Precisamos apenas arranjar a cura de uma doença: a indisposição para mudanças. Curando essa única praga, o resto virá no piloto automático.

António Fernando
Enviado por António Fernando em 21/04/2010
Reeditado em 23/04/2010
Código do texto: T2211097
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