AUSENTE DE MIM

Os sentidos não mais me interagiam com minha essência

meus segredos não mais atiçam a curiosidade alheia

Fora do foco a existência tragava a lucidez, agora me fizera desconhecido

As ruas me engoliam na multidão, na massa

Os ideais esfacelaram-se diante do sentimento de impotência

Ideias perdidas, desejos amargados pela diluição da persistência

Desconectado de mim caminhava sob a determinação do acaso

Sem opinião, sem verdades, parilítico de ideologias,figurava

A sorte me contemplou com a manutenção de meus chichês

Minhas zonas de conforto me mantinham vivo e preservado.

Sem mais minha presença, ausente de mim sigo os rastros

da minha saudosa nostalgia.

Edivaldo de Oliveira Barbosa
Enviado por Edivaldo de Oliveira Barbosa em 17/04/2010
Reeditado em 17/04/2010
Código do texto: T2202815
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