MONISMO

A questão do Monismo é central na Filosofia Hindu e conseqüentemente na teologia da Índia. Grosso modo, o Hinduísmo se divide entre as Correntes que pregam o “Monismo e as que defendem o “Dualismo” (ao final, inclui-se uma tabela sobre essas Escolas Filosóficas).

Quando a REALIDADE (note-se que não se trata do divino) reúne, ao mesmo tempo, os elementos materiais e os espirituais (aqui, sim, incluindo Deus) têm-se o MONISMO. Tudo é um.

Quando a Realidade Material é “apenas” uma cópia, ou uma representação, das “Idéias (no sentido platônico)” tem-se o DUALISMO, pois o “Todo” é a soma de Matéria + Essência (e de outros elementos, segundo a crença que se segue).

Na Índia o embate dessas opiniões contrárias durou séculos e ainda hoje não está totalmente resolvido. Não há um consenso, tampouco a predominância de um Sistema em relação ao outro. Como há tolerância ideológica e religiosa, (exceto entre os Muçulmanos e os Hindus que vez ou outra tomam posições radicais e o confronto se generaliza causando mortes, ferimentos e destruições) o convívio entre as duas Correntes prossegue sem grandes sobressaltos e essa relativa paz entre opostos seguiu com o Hinduísmo quando ele foi buscado pelos filósofos Pré-Socráticos, e depois por Sócrates e por Platão. Essa divisão de opiniões no Ocidente é apresentada da seguinte forma:

MONISMO é o nome dado a toda Doutrina que afirma ser o Universo (com o Homem incluído) governado por um único Principio, ou Lei, ou Energia, ou Deus. Segundo os eruditos: é toda Teoria segundo a qual o “Ser” que só apresenta uma multiplicidade aparente, procede de um único Principio e se reduz a uma única realidade constitutiva, a matéria ou o espírito. Em outros termos: a Existência ou a Realidade só aparentemente é múltipla; isto é, composta de vários elementos. Na verdade, o “Ser” ou “Existir” vem de uma única Essência e por isso também é formado por um só Elemento, que pode ser ESPIRITUAL (aí, inserindo-se a intelectualidade, ou racionalidade), ou TEÍSTA ou MATERIAL. Desse modo é possível a existência dos seguintes tipos de Monismo:

1. Quando se afirma que a Essência da Realidade é um “Principio Espiritual”, tem-se o “Monismo Espiritualista”, que pode ser subdividido em “Dialético de Hegel”, pois para o filósofo tudo que existe é fruto do embate entre Tese vs. Antítese. E o “Panteísmo* de Spinoza”. Atente-se para o fato de que não importa em quantas maneiras Deus se manifesta, pois o MONISMO é referente à Realidade e não à divindade. Não se deve confundir o Monismo com o Monoteísmo*. O Elemento que forma a Realidade é uma abstração, um pensamento, uma representação daquele "SER" que se chama de Deus, ou daqueles que se chamam de deuses.

2. Quando se considera Deus como criador do Mundo – a partir no Nada (ex-Nihillo) e se considera que a Divindade é a Essência do Mundo tem-se o “Monismo Teísta”.

3. Ao se considerar a Matéria ou a Natureza como a Essência da Realidade Suprema, tem-se o “Monismo Materialista ou Naturalista”, e nele inserido o “Monismo Mecanicista” que é ter a “Lei da Mecânica (dos movimentos e dos comportamentos que seguem um padrão, uma regra)” como a essência da Realidade.