Ensaio Filosófico sobre o 2º Capítulo do livro: “Mente Cérebro e Ciência“, de SEARLE, J. e o Filme: “ EU ROBÔ”

Inicia o filme com a visão de uma cidade com milhares de robôs, em um futuro bem próximo, no qual eles tem um código de programação. Tinha um detetive com certa implicância com os robôs, porque pensava que eles não seriam tão certos, poderiam cometer erros, como nós humanos. Para o detetive inicialmente, os robôs não podiam pensar ou muito menos ter uma mente, ter sentimentos, seriam apenas meras máquinas pré-programadas para servir aos homens.

Uma investigação começa a ocorrer quando um doutor é assassinado em uma famosa indústria de robótica, supostamente o detetive só encontra uma solução para o caso, que teria sido assassinato por um robô. Caso o assassino seja o robô, teria que haver uma programação para efetuar tal assassinato, já que eles não podem pensar. Se formos pensar como alguns filósofos e cientistas, que ainda não temos condições de criar programas que possam substituir as funções da mente, no futuro poderemos? Já que não temos a certeza de como se processam os dados em nosso cérebro, poderia ser semelhante ao sistema binário utilizado pelos computador? Para o detetive, os robôs não podem pensar ou muito menos existe uma tecnologia que possa substituir a mente, teria sim, saído com defeito de fabrica e tinha que ser destruído. Pensando assim, os computadores apenas manipulam e organizam os símbolos de acordo com certas regras, além do fato que ele não poderia entender os significados das palavras através do tempo e do espaço. Como como o auto menciona: “A razão por que nenhum programa de computador pode alguma vez ser uma mente é simplesmente porque um programa de computador é apenas sintático, e as mentes são semânticas, no sentido de que possuem mais do que uma estrutura formal, têm um conteúdo.”

E ao fazer uma varredura minuciosa encontra um super robô sem o código de programação, que tem sentimentos, emoções, o detetive confirma sua suspeita e após grande perseguição o robô é capturado. Supostamente o detetive tinha sido escolhido para o caso por sua raiva constante dos robôs, exposta durante quase todo o filme. Temos que levar em conta que ele foi salvo por um robô que teria salvo ele no lugar de uma criança, fato que o deixou profundamente insatisfeito com as máquinas, por analisar tudo por probabilidades, nunca usando a emoção para tomar suas decisões, fato que não aconteceu com o robô. Já que o novo robô é diferente, tem sentimentos, usa a emoção para tomar suas decisões, então ele tem mente? Se este é o critério que nos diferencia das máquinas, acho que sim! Pois, além de manipular e organizam os símbolos de acordo com certas regras, ele pode entender os significados das palavras através do tempo e do espaço, além dos sentimentos.

Levando em conta o filme e o capitulo estudado, devemos pensar em alguns fatos em relação ao filme:

Poderia realmente no futuro ter máquinas que pensam?

Se os robôs sentirem sentimentos, ele pode pensar?

Já que o robô entende os significados e sente sentimentos, ele pensa?

Caso crie um chip que possa substituir as funções do cérebro, então máquinas teriam mentes?

Portanto, se formos levar em consideração o filme, no futuro poderemos conceber máquinas que tenham mentes, que pensam de acordo como nós e que teriam inúmeras vantagens sobre os seres humanos, como a fácil reposição de peças, constante evolução e uma espécie de imortalidade, pois, bastaria gravar as suas memórias. Podendo inclusive usar chips para substituir algumas partes do nosso cérebro, quando danificados, como já se usam implantes, próteses, entre outros casos.

BIBLIOGRAFIA:

Filme: EU ROBÔ

SEARLE, J. 2º Capitulo In: Mente Cérebro e Ciência. 70ª Edição – Portugal, 1984.

Junho/2006