JARDINS

Hoje contemplando os jardins que vejo ao meu redor me recordo do jardim de minha infância

Me lembro daquelas flores diversas de cores variadas

Dos pássaros a pousar na grama

Das borboletas a colorir o céu.

Na infãncia tudo é mítico

tem vida.

Conversamos com as flores,

sentimos dor com os animais que se machucam

e admiramos o percursso das formigas.

Os jardim de minha infãncia tinham como soldado um senhor bondoso e cuidadoso

cuja principal tarefa da vida era cuidar das flores e rosas

com amor e carinho

e defendê-las de qualquer ameaça.

Tanto do jardim da praça,

quanto odo jardim do cemitério.

Sim o jardim onde a vida corria,

e onde a vida repousava era repleto de flores,

coloridas, belas e cuidadosamente veladas

um verdadeiro convite à alegria, reflexão e contemplação.

O jardim é o lugar do encontro

da brincadeira

de se cultivar as amizades e os amores.

Os jardins de hoje as vezes tão desertos

ou repletos de insegurança, violência e tantos outros acontecimentos,

vem perdendo o brilho

o encanto a ingenuidade

Jardins, jardins, jardins

oh jardins atuais

como gostaria que tivessem conhecido o jardim de minha infãncia

Decerto dele sentiriam ciúme e pesar,

por não receberem o mesmo cuidado

o mesmo afeto, cores e alegria

Jardins de vida

de passado e presente que se entrelaçam

no suave odor da recordação

Ana Lú, Juiz de Fora 03/03/2010

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 03/03/2010
Reeditado em 03/03/2010
Código do texto: T2117995
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