Metalinguagem... respira-nos!
Nós... que metemos a língua nas ilustrações do pensar, explicamos as ações transpiradas no papel e adentramos as horas suspirando as idéias, ruminando adjetivos, dedilhando substantivos. Num exercício de metonímia... irrigamos as arestas amorosas da madrugada que não dorme na linguagem de si mesmo.
Não madrugas?
Amanheces em ti a escrita do tempo?
Ou entardeces com as sílabas dissonantes?
Me dizes então, que sorrateiramente "linguageia" o (re)pensar embevecido no exercício dialético, sem a pretensão de se fazer entender... apenas num rodopio sobre o que diz a alma...
Insuspeito ser-querer!
Assim somos 'quase' livres (ou não!?) do aval metalinguístico que se entrelinha no anoitecer, no amanhecer, no entardecer das gotas de pensamento solar que acorda (a cor em si) o outro que ler essa neo-poética, que nem é tão neo assim...
Queremos sobremaneira, poetizar com suposta liberdade... postada num lindo riso transitivado pelo versejar das figuras de linguagem. De uma grama que atiça! E que dança solta no 'meu pretensioso' desejo de saber como tal verso pousa nos ombros teus, meus e de cada um de nós.
Destarte, livres, no parlatório dos neo-conceitos, mesmo que enviesados e descontinuados... quem pode dizer da arrogância nas soleiras do universo exercitado nas metáforas que se queimam deleitadas, nas pontes do "Outro"?
Que instigante travessia e bela agonia... essa do papel que quer falar
e se deixar saborear ... digníssima atuação! Todos estamos... somos!
Esse verter de suores rarefeitos... no tecido grafitado, inexorável, que imprime ressignificações grudadas na pele do céu da boca.