despejo do despojo

me veja afogar em lago metade

transpire enquanto eu naufrago em deserto distante

me alugue quando o sorriso pousar

durante essa tarde,eu já estampei você em todas as paredes

e o altar permanece polido em cada giro lunar

caminhe quando quiser sobre minhas feridas fechando

equilibrada a alma em cadeira de varanda,costura agora a pele alheia

remorsos são varridos dos cantos do salão e escovadas estão as virtudes amareladas pelo impulso demente

os olhos tentando romper as linhas transpassadas,a feição sorri enquanto os pontos arrebentam...remexendo em si aos conselhos repetidos

me salgue e me banhe...me atire do precipício e me amorteça

por que o inferno maior é silencioso e transparente

antes que eu desabe sem considerações,prometa apenas me deixar ver...você na beira do abismo,soprando pétalas acinzentadas!