Quando meus olhos moribundos escaparam por um segundo de seu turvar de morte, se voltaram para cima.

E que alegria me invadiu quando vi o Cristo se materializar como que emoldurado pela porta larga! Vestia um manto branco, sem adornos, e a luz que dele emanava era tão intensa que não há palavras que a descrevam em todo seu esplendor.

E o Cristo caminhou na minha direção, a mais bela de todas as visões que meus olhos já haviam visto.

Quando se aproximou de meu leito estendeu a mão direita e me tocou a fronte.

O calor que invadiu meu corpo foi tão intenso que tremores me sacudiram naquele catre de morte.

Senti os grilhões que me acorrentavam se soltarem ao comando do Cristo e me libertarem daquela minha prisão.

E então, quando meus olhos se abriram novamente Ele não mais estava comigo, mas sua luz divina ainda iluminava o quarto todo.

Quando me levantei enfim, senti que minha missão estava cumprida e o Cristo que me libertara me esperava na mais sagrada das moradas.

Bati então a poeira do meu manto e comecei a trilhar Seu caminho, atendendo a Seu chamado de libertação.
Fábio Codogno
Enviado por Fábio Codogno em 20/01/2010
Código do texto: T2039873
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