RENOVAÇÃO ou Apocalipse ?
As grandes tragédias se tornam propulsoras e alavancas de mudanças. Por mais paradoxal que seja geram progresso. É a Lei Natural colocando o caos em harmonia. Nesses momentos os questionamentos e as reflexões fervilham em nossas mentes.
A ideia apocalítica “vem com tudo”. É o fim dos tempos? Perguntam alguns. Quem pergunta quer saber. E o conhecimento é luz sempre. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”(Jesus).
Apocalipse, em grego, significa “Revelação”. Para o judaísmo e o cristianismo é a “Revelação Divina”, por um “escolhido” de “coisas secretas”. Bíblias, em língua portuguesa, passaram a usar o título de Apocalipse e não Revelação para os relatos, usando, às vezes, como sinônimo de “fim de mundo”.
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado.[1]
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.[1]
A “teoria do Apocalipse” encontra eco quando se observa a existência de “narrações apocalíticas” por várias civilizações no mundo, de origem comum e ancestral. Deturpada pela transmissão oral, assume, por vezes, um caráter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
A crença de um julgamento do homem, tendo Deus como juiz e levando em conta os atos praticados em vida por este, é comum em quase todas as religiões da Terra.[1]
Acredita-se que tal julgamento será feito após a morte do ser humano, em um outro plano espiritual. Porém são muitos os que creem que ainda vivos poderão estar sendo julgados, como os cristãos que esperam a vinda do Messias por uma segunda vez, crendo que poderão receber a recompensa prometida ainda em vida.[1]
Para o Espiritismo, o "Juízo Final" é uma alegoria das religiões tradicionais que é equiparado ao que se chama, em Espiritismo, de Processo de Regeneração da Humanidade.[2, 3]
Ou seja, a rigor, não há nenhum juízo final. Há, outrossim, períodos de turbações necessárias no mundo que visam o aperfeiçoamento das condições naturais do próprio mundo e, por outro lado, ao aprimoramento intelectual e moral das pessoas que nele habitam.
Todas estas turbações, segundo o Espiritismo, não são acontecimentos que poderiam derrogar, em nenhum momento, as leis naturais que emanam de Deus: pelo contrário, viriam exatamente lhes dar cumprimento. As comoções periódicas, nos dizeres de Allan Kardec, estão presentes em quase todas as épocas da humanidade e podem ser relatadas pela história.
Mas, para o Espiritismo, os últimos séculos trazem consigo mudanças rápidas e de grande dimensão, como podemos facilmente notar no atual mundo à nossa volta, comparado historicamente a outras épocas. Dessa forma, as comoções e acontecimentos que afligem a humanidade nos tempos atuais tendem a ser de grande dimensão e intensidade, especialmente por conta do egoísmo e materialismo que os indivíduos fazem imperar no mundo, e que, estes mesmos egoísmo e materialismo, fazem os próprios meios de auto-destruição (que também é constante renovação) da humanidade presente.[2,4]
Assim, para o Espiritismo, "Juízo Final" pode ser entendido e compreendido como Renovação, Regeneração e Mudança - nunca como aniquilamento da espécie humana ou condenação eterna - mas, sempre, como grande oportunidade de Deus aos seus seres de reavaliação de valores, condutas e sentimentos, com o intuito de lhes fazer progredir.[2,4]
Vivemos a transição. Cada um é responsável pelas mudanças que se dão e darão. A coletividade se prepara. Os mais “afoitos” dirão: Visionários! Convivemos com guerras e violências!
Vozes invisíveis que sopram alertas, lições e consolações, dizem: um mundo renovado, moralizado, ético, solidário, fraterno é o que encontrará o Homem de Bem do Terceiro Milênio.
Juli Lima
Referências
1.http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse#Refer.C3.AAncias
2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ju%C3%ADzo_Final
3. KARDEC, Allan. O Livro Dos Espíritos. Parte Terceira, Capítulo 6 - Lei de Destruição.
4. KARDEC, Allan. O Livro Dos Espíritos. Parte Terceira, Capítulo 8, Lei do Progresso- quesitos 779 a 785.
Imagem - Euclides Oliveira
As grandes tragédias se tornam propulsoras e alavancas de mudanças. Por mais paradoxal que seja geram progresso. É a Lei Natural colocando o caos em harmonia. Nesses momentos os questionamentos e as reflexões fervilham em nossas mentes.
A ideia apocalítica “vem com tudo”. É o fim dos tempos? Perguntam alguns. Quem pergunta quer saber. E o conhecimento é luz sempre. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”(Jesus).
Apocalipse, em grego, significa “Revelação”. Para o judaísmo e o cristianismo é a “Revelação Divina”, por um “escolhido” de “coisas secretas”. Bíblias, em língua portuguesa, passaram a usar o título de Apocalipse e não Revelação para os relatos, usando, às vezes, como sinônimo de “fim de mundo”.
Para os cristãos, o livro possui a pré-visão dos últimos acontecimentos antes, durante e após o retorno do Messias de Deus. Alguns Protestantes e Católicos entendem que os acontecimentos previstos no livro já teriam começado.[1]
A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.[1]
A “teoria do Apocalipse” encontra eco quando se observa a existência de “narrações apocalíticas” por várias civilizações no mundo, de origem comum e ancestral. Deturpada pela transmissão oral, assume, por vezes, um caráter ecológico, ao propor que a mensagem do apocalipse se refere à capacidade que o homem civilizado tem para destruir o mundo.
A crença de um julgamento do homem, tendo Deus como juiz e levando em conta os atos praticados em vida por este, é comum em quase todas as religiões da Terra.[1]
Acredita-se que tal julgamento será feito após a morte do ser humano, em um outro plano espiritual. Porém são muitos os que creem que ainda vivos poderão estar sendo julgados, como os cristãos que esperam a vinda do Messias por uma segunda vez, crendo que poderão receber a recompensa prometida ainda em vida.[1]
Para o Espiritismo, o "Juízo Final" é uma alegoria das religiões tradicionais que é equiparado ao que se chama, em Espiritismo, de Processo de Regeneração da Humanidade.[2, 3]
Ou seja, a rigor, não há nenhum juízo final. Há, outrossim, períodos de turbações necessárias no mundo que visam o aperfeiçoamento das condições naturais do próprio mundo e, por outro lado, ao aprimoramento intelectual e moral das pessoas que nele habitam.
Todas estas turbações, segundo o Espiritismo, não são acontecimentos que poderiam derrogar, em nenhum momento, as leis naturais que emanam de Deus: pelo contrário, viriam exatamente lhes dar cumprimento. As comoções periódicas, nos dizeres de Allan Kardec, estão presentes em quase todas as épocas da humanidade e podem ser relatadas pela história.
Mas, para o Espiritismo, os últimos séculos trazem consigo mudanças rápidas e de grande dimensão, como podemos facilmente notar no atual mundo à nossa volta, comparado historicamente a outras épocas. Dessa forma, as comoções e acontecimentos que afligem a humanidade nos tempos atuais tendem a ser de grande dimensão e intensidade, especialmente por conta do egoísmo e materialismo que os indivíduos fazem imperar no mundo, e que, estes mesmos egoísmo e materialismo, fazem os próprios meios de auto-destruição (que também é constante renovação) da humanidade presente.[2,4]
Assim, para o Espiritismo, "Juízo Final" pode ser entendido e compreendido como Renovação, Regeneração e Mudança - nunca como aniquilamento da espécie humana ou condenação eterna - mas, sempre, como grande oportunidade de Deus aos seus seres de reavaliação de valores, condutas e sentimentos, com o intuito de lhes fazer progredir.[2,4]
Vivemos a transição. Cada um é responsável pelas mudanças que se dão e darão. A coletividade se prepara. Os mais “afoitos” dirão: Visionários! Convivemos com guerras e violências!
Vozes invisíveis que sopram alertas, lições e consolações, dizem: um mundo renovado, moralizado, ético, solidário, fraterno é o que encontrará o Homem de Bem do Terceiro Milênio.
Juli Lima
Referências
1.http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse#Refer.C3.AAncias
2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ju%C3%ADzo_Final
3. KARDEC, Allan. O Livro Dos Espíritos. Parte Terceira, Capítulo 6 - Lei de Destruição.
4. KARDEC, Allan. O Livro Dos Espíritos. Parte Terceira, Capítulo 8, Lei do Progresso- quesitos 779 a 785.
Imagem - Euclides Oliveira