Arte e Sociedade "Relações irreais?"
À medida que, em pleno século XXI, contemplamos opções de Arte cada vez mais abrangentes, também nos deparamos com situações, onde a Arte e a Sociedade se confundem, sem se misturar.
Quantas vezes, ouvimos os dizeres: "A ARTE IMITA A VIDA!", e concluimos seu sentido óbvio de mimeses, sem ao menos questionar, o que é a Arte Contemporânea em seu sentido mais amplo? Parece simples classificar objetos sem utilidade e identificá-los como Arte, desde que eu lhe dê uma idéia funcional de exploração ou reflexão. Contudo, quando nos voltamos para uma História cheia de ligações religiosas e que nos últimos dois séculos assume, algumas funções sociais mais engajadas, o que vem a nossa mente, é a seguinte questão: "Onde parou, a Arte de nossos dias?"
Desde o Modernismo, os rumos artísticos, que ganharam força, foram o da quebra de padrões, com interesses voltados a critica contra a própria classe ou ao circuito fechado, em relação a quem dita as regras. Entretanto, as menções históricas voltadas ao protesto social ganham alguma força, em momentos decisivos do século XX em vários pontos do mundo. Mas, quantos artistas hoje, ferem princípios, por que querem ser polêmicos, ou em prol da subjetividade.
A discussão é: _ Quando a Arte fez a diferença para a sociedade? Em algum momento essa diferença foi reconhecida? Ou a nossa Arte não é um bem comum, capaz de mudar pensamentos, revolucionar épocas, ou mesmo algo tão poderoso a ponto de encantar a quem produz e a quem contempla. O que falta hoje é a beleza escondida na confecção, na produção na dedicação daquele que traz do pior o melhor, e transforma a vida em uma ilusão inacreditavelmente boa, em relações sociais de troca entre público e obra.
Sempre houve um espaço de interação que parece estar se fechando pela impessoalidade. A tecnologia artística ainda contribui para alguma ilusão mística na visão do agora. Mesmo assim em algum momento deixamos de nos ver refletidos em obras ou em representações, por que, nossos dias tem uma Arte fundamenta no que pensa uma minoria, onde a evolução parece ser mais importante que a partilha do admirador com objeto admirado. Se Há tempos era difícil responder o que é Arte, pergunto eu a você: “O que Arte hoje?”