O ectoplasma, do grego ektós – por fora, é uma substância amorfa, vaporosa, que toma forma por meio de um campo organizador específico, inteligente e consciente, ou seja, o Espírito. O termo foi utilizado por Charles Richet, frente às pesquisas realizadas em sua época.
Muitos pesquisaram sobre ectoplasma no final do séc. 19 e início do séc. 20, como Aksakov, Crookes e Delanne, entre outros.
Popularmente conhecida como fenômeno de materialização, a ectoplasmia vem sendo estudada há pouco mais de um século, e se faz necessário à continuidade do estudo e pesquisa, frente à importância de seu entendimento para melhor compreensão dos chamados fenômenos mediúnicos.
A ciência olha com desconfiança os fenômenos de ectoplasmia devido à impossibilidade de controle sobre as experiências, pois sua abordagem depende de vontade alheia à do pesquisador, pois é necessária a interação de uma outra inteligência, a interação de um Espírito, que é autônomo e senhor de sua vontade, o que foge dos parâmetros e metodologia de avaliação e controle, usuais na ciência propriamente dita.
Mas isto não nega a existência tanto do ectoplasma quanto dos fenômenos mediúnicos.
De acordo com alguns pesquisadores, ao analisar o ectoplasma, chegou-se às seguintes conclusões:
- Dr. V. Dombrowsky (Varsóvia) - "O ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e açúcares".
- Dr. Francês (Munique) - "Substância constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de gordura".
- Dr. Albert Scherenk-Notzing (citado por Charles Richet) - "O ectoplasma está constituído por restos de tecido epitelial e gorduras".
- Dr. Hernani G. Andrade - "O ectoplasma é Substância formada com recursos da natureza originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplasma) e de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral (ectomineroplasma)".
O termo materialização é erroneamente usado, pois não há criação de matéria, e sim a plasmagem de um modelo determinado, usando o ectoplasma cedido pelo médium e manipulado pelo Espírito.
O processo de ectoplasmia se dá por uma complexa interação bioquímica no interior das células, da qual não há possibilidade de avaliação por parte da ciência, mas há processos químico-biológicos constatados cientificamente, que da mesma forma, geram resultados que também escapam da avaliação da ciência.
No interior das células há elementos participantes na formação do ectoplasma, como o ATP (trifosfato de adenosina), e através da influencia dos participantes (Espírito e médium) haveria uma maior produção dos elementos formadores do ectoplasma, resultando em um maior fornecimento desta substância, sendo que já fora do corpo físico, tornar-se-ia visível, com a possibilidade de aproveitamento a que se destinasse. O ectoplasma doado é aproveitado por equipes espirituais especializadas, não só em fenômenos ditos de “materialização”, mas em vários mecanismos de utilidade, como por exemplo, em processos de cura ou tratamento de doenças físicas.
No mecanismo da ectoplasmia, o elemento fósforo é que atribui a luminosidade do ectoplasma em alguns casos.
A ectoplasmia, em qualquer processo, sempre ocorrerá com a participação espiritual e material, ou seja, Espírito e médium, sendo o Espírito que manipulará o ectoplasma, no caso de plasmar um ser humano, mas isto não significa que o médium não possa interferir, ocorrendo casos em que a figura plasmada contenha características físicas também do médium doador.
A variedade de ectoplasmas são muitas e com tonalidades específicas, como também opacas ou luminosas, sendo esta última, visível aos olhos humanos. Sabe-se que o processo deve ser feito em ausência de luz branca, pois ocorre como que uma desorganização por parte da formação do ectoplasma no ambiente. O recomendado seria a faixa luminosa do vermelho.