Ensaio para um pequeno inventário
“É muito difícil pensar em ’ser escritor’ quando se nasce num país em que ninguém lê: os pobres porque não sabem ou porque não possuem meios para adquirir conhecimentos, e os ricos porque não sentem vontade. Numa sociedade assim, querer ser escritor não é optar por uma profissão, mas por um ato de loucura.” MARIO VARGAS LLOSA
Tudo o que ultimamente tenho amado
Foram apenas papéis velhos guardados
Na gaveta do criado,
ao lado da minha cama...
.......................................................................
Às vezes – chuva miúda de verão
Que vem e que passa
Deixando pelos caminhos todos
Alegria para as pequenas flores
E também para as ervas daninhas
Que vicejam aqui e ali
Em todo lugar...
.......................................................................
Outras vezes me encontro maravilhado
Com toda a beleza que há
No entardecer...
........................................................................
Então...
Saio por aí
...
Vou me encontrar
Para não me perder...
E depois, de tudo isso
Disse alguém
Que o amor também envelhece
Com o tempo muda de cor
Não tem o mesmo sabor
Nem os prazeres de outrora...
Escrever para quê?
[Se um dia vamos morrer...]
.....................................................................
Escrever para viver
Para nunca morrer
Escrever...
.....................................................................
Queixas
Lamentos
Sucessos
Fracassos
Alegrias
As dores
Os amores...
Escrever para quem?...
Vinhedo, 7 de dezembro de 2009.
Benevides Garcia Barbosa Júnior
“É muito difícil pensar em ’ser escritor’ quando se nasce num país em que ninguém lê: os pobres porque não sabem ou porque não possuem meios para adquirir conhecimentos, e os ricos porque não sentem vontade. Numa sociedade assim, querer ser escritor não é optar por uma profissão, mas por um ato de loucura.” MARIO VARGAS LLOSA
Tudo o que ultimamente tenho amado
Foram apenas papéis velhos guardados
Na gaveta do criado,
ao lado da minha cama...
.......................................................................
Às vezes – chuva miúda de verão
Que vem e que passa
Deixando pelos caminhos todos
Alegria para as pequenas flores
E também para as ervas daninhas
Que vicejam aqui e ali
Em todo lugar...
.......................................................................
Outras vezes me encontro maravilhado
Com toda a beleza que há
No entardecer...
........................................................................
Então...
Saio por aí
...
Vou me encontrar
Para não me perder...
E depois, de tudo isso
Disse alguém
Que o amor também envelhece
Com o tempo muda de cor
Não tem o mesmo sabor
Nem os prazeres de outrora...
Escrever para quê?
[Se um dia vamos morrer...]
.....................................................................
Escrever para viver
Para nunca morrer
Escrever...
.....................................................................
Queixas
Lamentos
Sucessos
Fracassos
Alegrias
As dores
Os amores...
Escrever para quem?...
Vinhedo, 7 de dezembro de 2009.
Benevides Garcia Barbosa Júnior