Presença*

Repudiada ou não, a distância parece menor hoje do que ontem.

Se não para nossa matéria, sim para nossas almas, que em algum lugar existente parecem já ter se encontrado, visto, tocado.

Recostada em meu leito, sentia teu roçar em meus ombros, um hálito morno/doce me subia até a nuca.

De repente uma carícia envolta em sussurro me fez abrir os olhos.

Era você.

Me voltei para olhar-te, e agora apenas a sensação de sua presença estava ali, deitada junto a mim.

Doce presença, estiveras em meu sono de novo. E dessa vez quis que voltasse para o mesmo.

Fechei os olhos num sorriso, fiz força para adormecer.

Mas tamanha euforia não permitiu.

E de súbito, me levantei, olhei a jenela.

Disse seu nome entre lábios desejantes.

Sorri. Gostei.

Bel Allana
Enviado por Bel Allana em 07/12/2009
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