Coçando banalidades
Não sei exatamente como dizer isto, mas as coisas estão cada vez mais dificeis. As xicaras continuam sujas na pia, a mesma poeira molhada e incomoda machuca meus olhos quando esqueço de tudo... No entanto não me descontrolo porque sei que continuam iguais todas as metas e ideais. Vencer não é questão de necessidade ou orgulho, é um sonho distante que caminha descalço cada vez mais perto do abismo. Agarro suas pernas, seguro firme seus braços, se ele cair, meio mundo com sua tragédia, no entanto escolhas são apenas planejadas, imaginadas, não ditas! E desta forma, consolidada forma,sábia forma de perder amores, o abismo tornar-se banheira de plástico ao lado da cama, o reservatório de lixo atrás do quintal. assim como a garota mimada que perde um universo ao primeiro vidro de shampoo que acaba, na intensa frequencia como um garoto rasga sua mochila ao chegar na escola, na semelhante vergonha com que um insulto público lhe afronta... É da mesma forma que você perde os medos e sonhos para o abismo, que você joga amigos e deuses num buraco sem fim... É da mesma forma, exatamente igual em todos os detalhes, nós é que nunca paramos para perceber, pois sempre estamos ocupados demais para prestar atenção nos detalhes das coisas ruins, quando na realidade elas não mudam nem uma gota da feliz e rara realidade, a diferença está nos detalhes que nos apegamos em cada situação, na aura que envolta cada passo de magia do fanstástico acontecer dos infortunios e fadas... E por que a vida, porque o respirar sob o sol sem motivos, brigas, pesadelos, ou uma simples expectativa? Expectativa, o antes de qualquer coisa, ele quem nos move com mais força, o combustível que não se adultera!
E pra ter essa tal de vida escorregando safada entre os dedos vale coisas bem banais, porque a banalidade brota atrás das línguas que a desejarem assim, mesmo a garota que o shampoo acaba, o menino que a mochila rasga, são obras pequenas, mas brilhantes desta tão desejada safada!