Sem saída

Ensaio do que estou sentindo, deve ser isso e quem sabe não seria aqui que deveria postar.

Escrevo na tentativa de aliviar nó na garganta, dor no peito, pranto que não desaba para me deixar serena.

Nada foi comigo, mas assistir me deixou como uma folha de papel que se não for manuseada com jeito, rasga!

Faço parte de um bolo que ao invés de ter crescido no forno, o calor o deixou derretido, sem cheiro com sabor amargo.

As marcas deixadas ficarão para sempre, queria que fosse o contrário, não posso ser mais explicita, não devo, estou aflita.

Sempre soube que juntos, todos juntos, acontecem por vezes divergências que se contornam com inteligência, boa vontade, solidariedade.

A de hoje não vai ter contorno e eu no meio de duas pessoas que são alicerce de minha vida, uma terceira fundamental.

Não acredito em forças ocultas, más ou boas, começo a me questionar, se não existem, porque acontecimentos dolorosos se dão?

Porque não se pensa bem antes de agir, porque se age sem pensar?

Paula Castanheira
Enviado por Paula Castanheira em 08/11/2009
Reeditado em 11/11/2009
Código do texto: T1912136