De repente...
De repente chove lá fora
e o vento entra pela janela;
chuva que brilha em cada folha
faz dentro de mim uma aquarela.
De repente o chão já não é poeira
e respiro o ar que se faz penetrante.
Cada gota que cai sobre o telhado de madeira
parece melodia de música valsante.
De repente um riso se manifesta
e o coração de novo em euforia.
Olhando tudo em plena orquestra
me sentindo regente da música alegria.
De repente você me aparece
Arrebata meu pensamento puro
não sei porque, mas sempre acontece
você tem o poder de parar meu mundo.
De repente ver a chuva me leva pra si
e é você que mais quero nesse momento
mas você se foi para longe de mim
e deixou assim, como um vazio por dentro.
De repente sinto saudade demais.
Ora saudade boa, ora saudade doída.
Não queria que se fosse, jamais.
Ah! Como me fazias sentir querida!
De repente lembro seu nome
queria saber onde te procurar
mas você é perfeito, e se esconde
não há pistas, não há como te achar.
De repente então, me emudeço
volto os olhos para a chuva que cai.
Despertastes em mim algo que desconheço,
algo que veio e daqui não sai mais.
De repente sorrio para o tempo molhado
e uma lembrança boa me traz você.
Queria muito tê-lo ao meu lado,
e o que mais eu poderia querer?
De repente...quero você!
Bel Allana
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