ENTRE POUCAS OPINIÕES E MUITAS DISTORÇÕES...
Eu ainda ouso opinar apenas porque acredito nas percepções.
(MAVI)
Ontem enquanto enfrentava o trânsito infernal da sexta-feira véspera de feriadão, ouvi uma notícia que me traz mais uma vez até aqui.
Não li os Jornais, portanto ignoro totalmente as demais opiniões de quem pensa e escreve, embora ultimamente, este tipo de atividade esteja muito desprestigiada...."out fashion", portanto.
Refiro-me à inspiração que me surgiu frente à fala pública do nosso Big- Master- Representante- Maior que, num discurso ao seu povo, mais uma vez mandou um recado explícito à imprensa.
Bem, dizia o Nosso Chefe que o povo brasileiro não se deixa levar por "formadores de opiniões" e esta constatação é o mérito do meu texto.
De fato, não posso deixar de concordar com o meu Big. É isso mesmo, eu CONCORDO!
E logo que ouvi a tal notícia eu pensei:"mas quando foi que a grande massa do povo, que na sua grande maioria quase não tem acesso às poucas opiniões vigentes e divulgadas pelos meios de comunicação, realmente se deixa levar por opiniões formadas?
Está mais do que claro que a imprensa e seus pensadores falam quase sozinhos, ou seja, para uma minoria de espectadores que não têm espaço algum na decisão de escolher o seu rumo sócio- político da nação.
E como sociedade, políticos e políticas andam de mãos juntas, realmente fica difícil se saber quem nasceu primeiro: se foram os políticos que minaram o pensamento do povo, ou se foi o povo que já não tem mais donde tirar políticos que estimulam o pensamento e o crescimento social.
É a velha questão de quem nasceu primeiro "o ovo ou a galinha?", e com uma pitada de humor eu acrescento: independentemente de quem nasceu primeiro o fato é que estão minado a "galinha dos ovos de ouro", ou seja, a parte da cidadania que pensa e que se sente refém duma situação.
Portanto aqui, eu apenas endosso o discurso do Big Boss, acrescentando que o tal círculo vicioso só tende a premiar quem claramente se aproveita da situação.
E quanto a outra parte do discurso que diz que os jornalistas deveriam apenas noticiar e não opinar e fiscalizar, aí realmente é de assustar, porque assim fecha-se o círculo do CIRCO: ninguém pensa, ninguém critica, ninguém fiscaliza e ninguém denuncia...e depois "alguém" canta aos quatro canto do mundo que assim que se consolida uma DEMOCRACIA.
Mas fique tranquilo, Chefe! Por muitos, mas muitos séculos mesmo, a tendência intencional por aqui será a de que se diminua dramaticamente a massa pensante e consequentemente os formadores de opinião, pois tal movimento pertence à vontade dos bastidores (inclusive d'alguns da América Latina!), é o que sinto, e saibam que procuro nem pensar muito no fato.
No que se refere à sugestão de que os jornalistas (cuja profissão nem precisa de curso superior aos olhos de quem gerencia o país!) conversem com o povo e publiquem os reais anseios e dificuldades daqueles que o chefe subliminarmente designa de "esquecidos", eu tenho a dizer que há várias MANEIRAS DE SE ESQUECER DUM POVO TODO!; e serão apenas as próximas gerações que poderão encontrar no relato dos historiadores, aqueles poucos e iluminados seres pensantes que também sentem e ainda escrevem por aqui, de que estamos atravessando um lamentável momento de manipulação do sentimentalismo e das dificuldades dos mais fracos, entre uma batalha invisível dos poucos "formadores de opiniões" e dos muitos "formadores de distorções".
Sinceramente...tudo isso é muito lamentável, e o que me resta é o meu quase solitário lamento.
Mas vamos festejar! Afinal, hoje é dia do halloween...inclusive por aqui!
Embora ainda sejamos "papagaios sociais", temos um grande álibi, então, eu também o comemoro com propriedade e identidade: sabem por quê? Já sei! Pensam que sou bruxa, não é?
Sou não! É que tem muita bruxa solta por aqui...e para vê-las nem se precisa pensar! Basta sentir!
Pena que nem todos se assombrem...e pior que isso, tem muita gente a enxergar nas bruxas a generosa figura do papai-noel, aquele que distribui um "saco cheio" transbordado de suor alheio!
ENTÃO...FELIZ NATAL PARA TODOS!