AMPULHETA

Ampulheta... De grão em grão a galinha enche o papo. As horas pintam, o vidro seca, claramente como uma gema. Rasga o céu, causando um pane-temporal, o relâmpago.

Pneumaticamente falando, os pulmões condensam-se numa lata de leite virgem...fiquei dopado coma a fumaça do trem pagador impagável, não se paga, não se apaga, não há vaga. Há tentáculos mortíferos por sobre cada grão cerebral do saco de grama. Há gana, há cana; há assassinato.

Que Maria Antonieta tenha beijado a guilhotina ou Joana D'arc tenha bebido de uma garrafa rotulada pela Santa Inquisição, cálices dourados de fogo.

Que fazer? Olhar o mundo como uma garrafa de pinga? Pingando e pigarreando o gosto sacro de um vil conhaque, metal ou mental? A parada categórica; a abstração; a fidelidade.

A imagem "Father"" ou "Mather" convenciona o estacionamento mental retrocessivo da maioria sem saque, que se batem presos em artifícios ultrapassados de uma geração que entra em coma.

E o pombo-correio, trouxe em suas asas metálicas, o seu disco de osso, que penetrou no espírito maligno tão bento quanto a água virgem.

A capacidade de perdoar transformou-se em pecado. O homem que não consegue entender as reações dos outros não será jamais capaz de saber: porque é.

Beto Alves
Enviado por Beto Alves em 27/10/2009
Reeditado em 10/02/2023
Código do texto: T1889797
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