Brincadeira de Criança...
Hoje contamos as horas, minutos e segundos que nos cercam como grades, que nos norteiam e nos grilam no que nos propomos a ser um dia, quer num anseio utópico ou na pura e simples designação do destino. Se alguém ainda acredita.
Há espelhos d’água na rua incerta, e não importa espirros ou pisoteio, ou a argila que nos molda, no imaginário ou nas linhas retesadas, cujo cerol é vidro, dos mesmos espelhos que nos reflete, e esse sempre aponta ao futuro. Sempre em busca de uma ruga, que o tempo insiste em presentear.
Grãos na contagem, munição da ampulheta, que inócua, nos observa e sorri. - Adultos...
Trace o risco, pinte e borde e solte o riso, pois dentro da carcaça dura, ainda resta um que adocicado, um sorriso ou gargalhada que ainda desprenda a lembrança. E se encontrará ainda na esperança de um sorriso, que no fundo (e às vezes nem tanto), ainda somos uma eterna criança.
E assim brincamos. No happy Hour que nos transmuta e nos traveste de adultos a simples seres, no desenho animado chamado vida, na tela externa de cada um.