....anarquismo

Li um livro outro dia, de um Nobel de literatura, onde um senhor de noventa anos contrata os serviços de uma jovem prostituta, a coisa é muita esquisita. Imagine, ele na primeira visita, deita-se ao lado da menina e dorme e isso aconteceu várias vezes, só que depois a coisa dar certo. Como na literatura tudo é possível, até homem virar barata, ele no final consegue um jeitinho de possuir a moça. Mas na vida real não funciona assim. Um homem depois de certa idade não pode mais se dar a estes mimos. Acho que é por isso que os velhos preferem os livros a realidade.

As pessoas quando envelhecem, quando perdem o vigor físico para algumas atividades, agem como se nunca tivessem conhecido alguns prazeres de modo prático. Alguns enveredam por caminhos que não são compatíveis à idade que têm. Já vi velhotes que nunca praticaram certas coisas enquanto jovem, e de repente se vêem envolvidos em escândalos, parece que fazem para chamar a atenção dos demais, como quem grita. Estou vivo. Imagine, por exemplo, esta mania que atacou a terceira idade; a jogatina desenfreada, os bingos que apesar de serem ilegais têm atraído uma multidão de velhos ricos e desocupados.

Agora já se fala em permitir a abertura de bingos em todo país, se não me engano falta só a aprovação de Lula. E dizem os defensores dos bingos que esta faceta da contravenção no Brasil emprega duzentas mil pessoas em média. Sou a favor da legalidade de todos os vícios que a sociedade pratica, mas se negar aceitar de maneira hipócrita. Mas sou contrário à exploração de menores e de velhos, que não sabem mais onde devem colocar o nariz.

Pode se liberar tudo, desde que se fiscalizem e que os impostos oriundos dessas atividades ditas ilegais possam servir para o bem comum dos contribuintes como um todo. Já pensou quanto dinheiro será arrecadado com o livre comercio da maconha? E da cocaína? O governo devia vender essas drogas para o cidadão viciado por um preço justo, desde que fosse comprovada sua dependência por uma junta de médicos do estado. Acreditem os senhores, muitos largariam o vicio, pois não teriam coragem de usar à vista do povo; aquela velha historia, de que as coisas boas são as coisas proibidas.

Foi proibida a publicidade dos cigarros, nem por isso as pessoas estão fumando menos, e se estão não é por conta da falta de anúncios milionários que antes passavam nos horários nobres da teve.

Sou pelo liberalismo extremo, só assim viria à tona uma sociedade livre. num mundo onde tudo é permitido na há fora da lei. E quem ganharia com isso seria o próprio povo que não sofreria nenhum tipo de preconceito.