REFÉM

Precisei te ver,

Para acreditar que você era real,

Que não era mais um fruto desta tão aguçada mente,

Que navega entre o real e o imaginário.

Precisei me questionar,

Porque jamais havia imaginado alguém tão admirável,

Mesmo neste meu mundo tão subjetivo.

Pela primeira vez,

Enamorei-me com algo que li,

E com que senti mesmo não estando perto,

E quando me distanciei um pouco,

Senti uma enorme angustia,

Um sentimento de perda.

Você me fez e proporcionou isto.

Não sei a quem ser grato,

Se a você, por existir e fazer parte deste momento,

Ou ao criador por me proporcionar este encontro.

Nem sei mesmo o que escrever,

Pois pela primeira vez,

As palavras me fogem,

E o que é tão obvio se torna indecifrável,

Não há como descrevê-la,

Palavras são apenas palavras,

Você é tudo,

As palavras se tornam sem sentido,

Quando olho para você e descubro um mundo novo,

Que desponta somente com seu sorriso,

E esta alegria contagiante de sua presença,

Me torno refém,

Dependente,

De você.

Luciano Teixeira
Enviado por Luciano Teixeira em 29/06/2006
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