Falange, falanginha e falangeta
Estava eu a escutar uma rádio de Lisboa, capital de Portugal. O locutor lançou uma pergunta no ar: Quais são os ossos dos dedos das mãos?
Eu, brasileiro, acostumado a ver meu povo (pelo menos a maioria absoluta) despreparado para responder perguntas tão "complexas", esperei que o primeiro gajo que ligasse para a rádio, na intenção de pedir uma música, respondesse corretamente ao enunciado. O gajo pediu a música... O locutor resolveu perguntar-lhe: Quais são os ossos dos dedos das mãos? O gajo nem arriscou resposta; simplesmente disse que não sabia.
A princípio, veio-me uma decepção, pois imaginava que num país europeu, desenvolvido, rico, não havia pessoas "despreparadas" ligando para as rádios.
Vamos à segunda ligação telefônica. O patrício pediu a música e não tocou no assunto dos ossos das mãos. Mas o locutor perguntou de novo. A resposta foi idêntica à do primeiro espectador: "Não sei".
Minha decepção aumentou um pouco, mas ainda tinha esperanças. Um terceiro ouvinte ligou para a rádio, e a história se repetiu.
Moral da história: Se os brasileiros somos ruins de conhecimentos, não estamos tão ruins assim, comparados a um país europeu, rico, desenvolvido, de primeiro mundo. Preciso rever meus conceitos. O mundo precisa rever seus conceitos.