OPRESSORES E OPRIMIDOS
OPRESSORES E OPRIMIDOS
Sempre quis escrever sobre opressores e oprimidos: histórias de submissão, de vingança, de rebeldia contra toda e qualquer espécie de poder. Quando se menciona poder também se está enfocando sociedade, o conjunto de regras gerais que fazem uma cidade se manter e se mover. O homem citadino sente-se sufocado, esmagado por todas as regras, muitas vezes idiotas, medíocres, mas que mantém um certo equilíbrio, uma certa ordem. Este conjunto nos nivela, tornando-nos homogêneos. Ordens enfadonhas, desconforto confortável. No meio do poder da sociedade, há quem acredite que exerça poder sobre as outras pessoas. Vamos dar prioridade ao mau poder. O bom poderoso lidera de forma positiva, organiza seus súditos de forma que só se produza o bem-estar da coletividade, sem impor suas vontades. Chegou ao poder pela vontade do povo e exerce seu poder de forma a ouvir e até acatar sugestões. O bom poderoso é altruísta. Já o mau poderoso pensará apenas no seu bem-estar ou espelhar a própria idealização de bem-estar, por exemplo: ele próprio teve um problema gástrico e foi proibido de degustar salgadinhos, por isso baixa um decreto impedindo seus subalternos de os comerem também. O que não faz bem para ele, não fará bem para o outro. Além do mais é arbitrário: adora humilhar, pisar, provar sua condição de superioridade quase divinal, mas apenas ele sabe o quão medíocre é, e o quanto é desprovido de talentos, de dons. Meu objetivo não é o de elaborar nenhum tratado sobre o poder, pois magistralmente Maquiavel escreveu seu O Príncipe e acredito que até hoje não há obra similar, conquanto pretendo expor minha indignação quanto ao poder que machuca, que fere a integridade física do ser humano, que tortura seres humanos, que causa dor. Vemos hoje uma guerra insana no Oriente por um pedaço de terra que segundo suas crenças é sagrada. Por que esse pedaço de chão é santo é preciso derramar tanto sangue, fazer sofrer tantos seres humanos? Diante destes fatos qual é o propósito da santidade? Uma Terra Santa que causa tanta desgraça, tanta discórdia não deveria existir, tinha que sumir do mapa. O poder se sustenta por um sentimento chamado orgulho. Se não houvesse o orgulho não haveria opressor nem oprimido, nem poder nem miséria, e a pior pobreza é a pobreza de espírito. Se todos se preocupassem apenas em ser solidários, em distribuir amor, esquecendo até do seu eu, apreciaríamos mais a divindade, a dádiva que é nossa vida, nosso viver. Acredito num futuro bem próximo de evolução do pensar humano. As crianças estão nascendo muito mais espertas, precoces e têm acesso rápido às informações. Poder, orgulho, egoísmo, opressão, revelam uma fase imatura da raça, um estágio ainda animalesco, que tende à extinção. Um dia tais palavras serão definitivamente esquecidas, e inicialmente todos experimentarão uma estranha alegria.
VIRAM O QUE ACONTECEU DURANTE A MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES ?