AnoniMassa ( Ato 6)

Eram duas vias... A primeira, em desatino visgo... A segunda, em fino laço...

Depois, veio o cansaço... E as encruzilhadas viraram passos...

Um dia proibido... Exausto!

Deixar que os outros falem o que não faz parte do nosso mundo?... Colher nas falas mansas outros artifícios...

Criam-se edifícios... Muralhas...

E o desejo?... Apenas os nossos...

Mas, não se pode impedir que os outros o sintam... Então, melhor ficar alheio e guardar da maçã um pedaço...

Minhas palavras em caixa registrada... Tuas palavras em eixos retorcidos... Faríam-se milagres, com tanta concretude.

E os versos?... Esses ficam.

E os ventos?... Assim guardamos.

E as palavras?... Podemos... esperam um tempo.

Quem escolhe?... Eu...

Quem espera?... Tu...

A primeira pessoa do plural faz o quê?... Inventa diálogos para as horas que sobrarem... Enfim, somos diferentes das demais pessoas... Podemos recortar apenas as conexões do dia...

Assim, ninguém mais se aproxima... Apenas o Amor, que tu chamas de eternidade.

E se alguém disser que viu?... Digo que não...

Assim, afirmo para afastar as drosófilas...

E depois?... Depois é só esperar a poeira abaixar... E voltamos a todo vapor... Que tal?

Certamente, desconheço tal artifício... Mas, que seja afinal...

Meu lugar ou o teu?... Nenhum ainda...

Entendo...

São tantos mundos que criamos... São as visitas que escondemos embaixo do tapete ou somos nós que somos a poeira escondida?...

Mas, e quanto aos outros?... Eles não existem... Apenas nós e o que criamos...

Passos e passos... Volta e meia vamos dar...

Então, combinado?!...

Ainda não!... Preciso entender que ratos são esses de fato.

Passos e passos... Volta e meia vamos dar...

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