POSSO VOAR...
Bem-te-vi.
Ouço-o daqui.
Sinto o sabor da liberdade.
O canto, o farfalhar das asas.
Quem me dera ser um pássaro!
Voar neste mundo imenso.
A cismar me indago.
Não estou eu a voar, a viajar
enquanto escrevo.
Não estou aqui, não estou nem lá.
Não estou em nenhum lugar.
Estou... não estou.
Trago o passado.
Corro do presente em busca do que já foi.
Do que virá.
Não sou só um pássaro.
Ó não!
Sou um espírito na eternidade.
Viajo para mundos que conheço
e desconheço.
Sou e não sou.
Porque nos transportamos através dos tempos.
Voamos nas asas da imaginação.
A prisão de carne é só e tão só uma condição.
Soninha