POSSO VOAR...

Bem-te-vi.

Ouço-o daqui.

Sinto o sabor da liberdade.

O canto, o farfalhar das asas.

Quem me dera ser um pássaro!

Voar neste mundo imenso.

A cismar me indago.

Não estou eu a voar, a viajar

enquanto escrevo.

Não estou aqui, não estou nem lá.

Não estou em nenhum lugar.

Estou... não estou.

Trago o passado.

Corro do presente em busca do que já foi.

Do que virá.

Não sou só um pássaro.

Ó não!

Sou um espírito na eternidade.

Viajo para mundos que conheço

e desconheço.

Sou e não sou.

Porque nos transportamos através dos tempos.

Voamos nas asas da imaginação.

A prisão de carne é só e tão só uma condição.

Soninha

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 17/01/2005
Reeditado em 25/03/2011
Código do texto: T1758
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