FORMIDÁVEL

O incenso da fumaça azul

E o respirar profundo, também

Havia cobras turvas

No frescor da claridade

E o céu era magoado, talvez

Mas essa névoa que voava preenchia um vazio

Era do respirar um penetrante

E tão puro perfume

Que nos cachos os minutos se aprofundavam

Pelos cabelos de anjo que me inebriaram

Quem diria... um mar de suspiros

Eram flores tais caprichos

Safiras que via em teu pescoço

Dançavam como loucas

Encantando e embalando

O mais precioso passaporte

Aquele que selou

A nossa sorte

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 09/06/2006
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