RAP
“Terreno de 10x20, sujo de mato –
os que nele gorjeiam:
detritos semoventes, latas
servem para poesia”
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“O que é bom para o lixo é bom para poesia”
Manoel de Barros
Minha poesia é minha prosa
Até com ecos de discordância
Contar métricas do soneto
Aprender essa matemática
Levar pito dos ingressos
Falar com heterônimos
Ler nas suas entrelinhas
Pensam que sou invisível
Mas Deus o é, o diabo, os anjos
Bem, falemos do cotidiano
Hoje o céu está nublado
Uma brisa fresca na cidade
A minuta de contrato
A festa portuguesa dia 30/05
/2009, é sábado, o ano passa
Cães deixam bosta na calçada
Junto a indigentes que dormem
É quase ½ dia e eu aqui, no PC
Preciso caminhar no Trianon
Na Paulista ou Ibirapuera
Respirar poluição, meu pulmão
Queimar calorias, colesterol
Emagrecer 10 kilos
Que raiva da Gisele, o padrão
Caminho das Índias não afina não
Será que Raji fica com Duda?
Maia é linda, global
Mas é tudo uma ilusão
Tem mais uma CPI, presidente
Obama, mais de 100 dias
Quem propõe CPI para saber
Se isto aqui é prosa ou poesia...
Ou coisa nenhuma, como disse o
Poeta em epigrafe, tudo serve à
Musa inspiradora e aquel’outro,
Tudo vale a pena,
Mas às vezes, a alma é pequena
Diana Gonçalves
28/05/2009
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Para Pol – Sempre haverá poesia!
Mote: Joseph Shaffan