a tela
queria era falar da garota embalada em confiança do pai.balanço.
era da maçã e cigarro pela manhã,no banco da quadra.
três pés de manga e um quarto que avista.
da insistência em não se perder contos ou melodias.bloco companheiro.
os remédios que ela toma pela manhã e as injenções para suportar o dia.tão pouco tempo aqui e vivendo em trevas num quarto estranho.
o modo como engole a luz,a primeira,por que é mais branda e mais sincera.talvez,por ser mais aguardada,a primeira.
seu sorriso,como brotos de músculo rasgando a pele.como um empurrar de carro.um tumor em cada sorrir."-lágrimas lhe caem bem,diria um andriode analista,ou um pintor realista.
acaba tudo se tornando em dívidas de contos,que tento lhe amenizar enquanto permanece.mas a carência é mais minha,mistura de devoção e distância.