GENTE QUE FEZ A HISTÓRIA: O VAQUEIRO
OBrasil colonial é muito rico em personagens que foram importantíssimos na nossa história;um deles é o vaqueiro.
A cultura açucareira que ,nos tempos coloniais era o nosso forte,favoreceu também o advento de outras culturas tão importante quanto esta,para o desenvolvimento da nossa economia,como a lavoura do tabaco,por exemplo.
Para tocar essas lavouras eram necessários braços;então entraram os africanos,em grande parte comprados com os rendimentos auferidos pelo fumo e pelo açúcar
Uma coisa puxa outra; plantações de cana e engenhos de açúcar além dos negros,precisavam do boi,transportador de lenha e da própria cana,puxador de carros e força para as moendas.
Quando o desenvolvimento agrário espalhou-se para o sertão nordestino, tangeram-se os bois para lá;com o boi chegaram os boiadeiros,as pessoas que trabalhavam com couro,gente entendida em tirar leite,fazer manteiga e lidar com abate e carne.
Uma população especial para fazer trabalhos especiais;essa migração começou em Pernambuco e na Bahia e sua força era tamanha que,no século XVII,o rio S. Francisco era chamado “rio dos currais”.
Aos poucos,a agricultura e a pecuária estendeu-se de Minas até o Piauí,sendo esta a única região norte-nordestina colonizada na direção interior-litoral.Seus habitantes eram poucos e mestiços porém,livres.Quase não há notícia de trabalho escravo no Interior,nessa região.
Criou-se,então,a figura do vaqueiro,indispensável no viver daquela época e de forte atuação nas guerras civis do século seguinte.
A forma de trabalho,que prevalece ainda hoje,era da parceria;o vaqueiro recebia uma cria de cada quatro nascida numa boiada a seus cuidados.
Como o acerto com o fazendeiro acontecia de cinco em cinco anos,muitos vaqueiros saíam com sua própria boiadinha,indo mais fundo no sertão,abrindo novos currais,criando novas fazendas,futuro núcleo de povoamento.
Cada curral ou fazenda dispunha de cerca de doze vaqueiros e seus auxiliares,chamados “fábricas”,estes,porém,pagos em dinheiro ou nota de crédito.
Tangendo as boiadas,o vaqueiro abria caminhos,entrava sertão a dentro encontrando novos pastos,rios bons para passar a vau,águas fartas e limpas,barreiros onde o gado se fartava de sal;o gado só necessitava disso:capim,água,sal.
Vivendo só e por sua conta,o vaqueiro aprendeu a ser rude,improvisar,ser econômico e frugal.Do couro do animal,fabricava chapéus, chicotes,gibão ,peças de vestuário,couraças para o cavaleiro e seu cavalo,calçados,móveis,artefatos.
Alimentava-se de carne seca e mandioca e as sobras vendia para os senhores de engenhos darem de comer a seus escravos.
As fazendas se estendiam até três léguas ao longo de um rio e cerca de meia légua para o interior; o espaço livre deixado entre uma fazenda e outra demarcava as terras,sem conflito,nem ganância.
O gado era marcado com o ferro do dono da fazenda e não se confundiam.
O vaqueiro abria bebedouros,combatia feras,matava cobras e morcegos,amansava gado e cavalos e,cuidava e ferrava,punha sua marca.
Sozinho,independente,íntimo da natureza,podemos dizer que o sentimento de nativismo nasceu com o vaqueiro.Criou trabalho,instalou industrias para trato e corte da carne,couro,vestuário,cutelaria.
Operário trançadores faziam cintos,coldres,guaiacas,selas,algumas enfeitadas com ouro e prata,aproveitando no trabalho ourives e alfaiates,se quisessem as selas bordadas com veludo.
Os mestres coureiros faziam baús,camas,a famosa “cama de vara”,do Interior,canastras,biombos;o boi trouxe comida,trabalho,riqueza.liberdade e oportunidade.
Os primeiros bois que baixaram em São Vicente foram trazidos por Ana Pimentel,esposa de Martim Afonso de Souza;dali,espalharam-se por todo o Brasil.
No Rio grande do Sul,as fazendas eram chamadas estâncias e favoreceram demais a colonização nos três estados sulinos.
Ali se formou um tipo especial de cultura e de homem-os pampas e os gaúchos-reflexo e força do campo,hábeis na pecuária e famosos cavaleiros;e nasceu o famoso chimarrão.O gaúcho era independente,brigão,e ninguém lhe pisava no poncho.
Quando muitos vaqueiros de muitas fazendas se juntavam,tínhamos a vaqueirama,com seus cantos e alegria:
E,assim,com toda boca
A vaqueirama gritava
Meu cavalo tropelão
Na guia,gineteava.
Estes homens bravos,vestidos de couro,hábeis no laço e no aboio,formaram nosso sentimento nacional e as bases da nação brasileira.
OBrasil colonial é muito rico em personagens que foram importantíssimos na nossa história;um deles é o vaqueiro.
A cultura açucareira que ,nos tempos coloniais era o nosso forte,favoreceu também o advento de outras culturas tão importante quanto esta,para o desenvolvimento da nossa economia,como a lavoura do tabaco,por exemplo.
Para tocar essas lavouras eram necessários braços;então entraram os africanos,em grande parte comprados com os rendimentos auferidos pelo fumo e pelo açúcar
Uma coisa puxa outra; plantações de cana e engenhos de açúcar além dos negros,precisavam do boi,transportador de lenha e da própria cana,puxador de carros e força para as moendas.
Quando o desenvolvimento agrário espalhou-se para o sertão nordestino, tangeram-se os bois para lá;com o boi chegaram os boiadeiros,as pessoas que trabalhavam com couro,gente entendida em tirar leite,fazer manteiga e lidar com abate e carne.
Uma população especial para fazer trabalhos especiais;essa migração começou em Pernambuco e na Bahia e sua força era tamanha que,no século XVII,o rio S. Francisco era chamado “rio dos currais”.
Aos poucos,a agricultura e a pecuária estendeu-se de Minas até o Piauí,sendo esta a única região norte-nordestina colonizada na direção interior-litoral.Seus habitantes eram poucos e mestiços porém,livres.Quase não há notícia de trabalho escravo no Interior,nessa região.
Criou-se,então,a figura do vaqueiro,indispensável no viver daquela época e de forte atuação nas guerras civis do século seguinte.
A forma de trabalho,que prevalece ainda hoje,era da parceria;o vaqueiro recebia uma cria de cada quatro nascida numa boiada a seus cuidados.
Como o acerto com o fazendeiro acontecia de cinco em cinco anos,muitos vaqueiros saíam com sua própria boiadinha,indo mais fundo no sertão,abrindo novos currais,criando novas fazendas,futuro núcleo de povoamento.
Cada curral ou fazenda dispunha de cerca de doze vaqueiros e seus auxiliares,chamados “fábricas”,estes,porém,pagos em dinheiro ou nota de crédito.
Tangendo as boiadas,o vaqueiro abria caminhos,entrava sertão a dentro encontrando novos pastos,rios bons para passar a vau,águas fartas e limpas,barreiros onde o gado se fartava de sal;o gado só necessitava disso:capim,água,sal.
Vivendo só e por sua conta,o vaqueiro aprendeu a ser rude,improvisar,ser econômico e frugal.Do couro do animal,fabricava chapéus, chicotes,gibão ,peças de vestuário,couraças para o cavaleiro e seu cavalo,calçados,móveis,artefatos.
Alimentava-se de carne seca e mandioca e as sobras vendia para os senhores de engenhos darem de comer a seus escravos.
As fazendas se estendiam até três léguas ao longo de um rio e cerca de meia légua para o interior; o espaço livre deixado entre uma fazenda e outra demarcava as terras,sem conflito,nem ganância.
O gado era marcado com o ferro do dono da fazenda e não se confundiam.
O vaqueiro abria bebedouros,combatia feras,matava cobras e morcegos,amansava gado e cavalos e,cuidava e ferrava,punha sua marca.
Sozinho,independente,íntimo da natureza,podemos dizer que o sentimento de nativismo nasceu com o vaqueiro.Criou trabalho,instalou industrias para trato e corte da carne,couro,vestuário,cutelaria.
Operário trançadores faziam cintos,coldres,guaiacas,selas,algumas enfeitadas com ouro e prata,aproveitando no trabalho ourives e alfaiates,se quisessem as selas bordadas com veludo.
Os mestres coureiros faziam baús,camas,a famosa “cama de vara”,do Interior,canastras,biombos;o boi trouxe comida,trabalho,riqueza.liberdade e oportunidade.
Os primeiros bois que baixaram em São Vicente foram trazidos por Ana Pimentel,esposa de Martim Afonso de Souza;dali,espalharam-se por todo o Brasil.
No Rio grande do Sul,as fazendas eram chamadas estâncias e favoreceram demais a colonização nos três estados sulinos.
Ali se formou um tipo especial de cultura e de homem-os pampas e os gaúchos-reflexo e força do campo,hábeis na pecuária e famosos cavaleiros;e nasceu o famoso chimarrão.O gaúcho era independente,brigão,e ninguém lhe pisava no poncho.
Quando muitos vaqueiros de muitas fazendas se juntavam,tínhamos a vaqueirama,com seus cantos e alegria:
E,assim,com toda boca
A vaqueirama gritava
Meu cavalo tropelão
Na guia,gineteava.
Estes homens bravos,vestidos de couro,hábeis no laço e no aboio,formaram nosso sentimento nacional e as bases da nação brasileira.