Ian
Havia silvos sussurros e cores, ainda cores indo esmorecer sob sombras... Cinzas, depois negras. E as nuvens velozes perseguiam-se no alto, círculos concêntricos turbulentos no leito outrora banhado da cor azul.O dia quase morto esburacava as sombras do alto luzindo opaco nos olhos que os devolvia; para insistentes circundarem a volta dos olhos e descobrirem um rosto pálido tinto de escarlate onde emitia um som, o som ferino aos céus lançando ouro negro na superfície.
E os pés... Cobertos por couro da mesma cor equilibravam o corpo esguio emergente das sombras, quase encoberto.
Noite.
O brio na umidade agora densa em razão do pranto do alto.
Seu grito na noite tremia o chão e seu próprio corpo; lançando os cabelos negros e pouco longos para trás onde estavam seus pensamentos ou a luta para encontrá-los em meio às imagens, - onde?
Mas seus olhos era a vida em conjunto perfeito com seu sorriso de escárnio ou prazer possível aos teus doze anos.
“Ian”
Era assim que se portava nos crepúsculos carregados de chuva, sentia o corpo lavado de dores, tormentos da alma; só lamentava não encontrá-la como em outras noites de calmaria quando o veludo negro a oferecia pálida, cheia e ele a tomava para si.
Tão dele também aquelas rochas, tão distantes de sua perdição urbana, tão teus os passos e o êxtase. Na pupila o precipício agora tomado pela noite, que deveria ser a explicação. Uma rocha, uma lápide... Calor..., As vozes, o choro, o vento...
...O tic-o
...Tácito
Longo e lânguido...
Longos dedos dourados incitavam os seus a acariciar as pálpebras, lentas espertas desvelando as cores que bebiam à sua frente em um prisma natural.
É hora de recolher-se.