abismo desvirginado
as palavras vem pesando a cada batida.a cada pingar.quebrando o ritmo da dança ja desvairada.
cada peça intima da coluna vem rangendo e remoendo em fogo infernal,fazendo com que cada expressão se debata e perca a direção.
ofegante,cada ideia parece subir um morro sem fim e,não mais do alto.cada ideia parece um carangueijo no brejo.
os personagens quando não viram as costas sadias e vão embora,debruçam secos,como o cliente deixado a espera no balcão.
o que mais posso dizer?
de onde esse cansaço que não pertence?
a balança travou,os ossos quebraram.chuva em noite de inverno na lona de peneira.a balbucios e fracos ecos,a estrada esta sem vento e,um lugar que nunca chega!