AS CORRENTES DO HOJE

Há um dia no qual despertamos e olhamos para o mundo.

Ontem, não me houve tempo de escrever sobre a histórica comemoração do dia treze de maio, data que marca a promulgação da LEI ÁUREA, aquela que pelas mãos da Pincesa Isabel, pôs fim à escravidão no nosso país.

Todavia, há que se despertar para o que vem ocorrendo no mundo , e mesmo nas nossas terras, de lá para cá.

De fato, não há como negar o grande passo da História para que grandes absurdos fossem revogados, posto que a liberdade

é um direito genuíno e natural da humanidade.

Contudo, vivo a me perguntar que mundo é esse.

Aonde está o direto à liberdade nesse mundo comtemporâneo?

Hoje, somos escravos das correntes modernas, aquelas que aprisionam "o ser" quando se veda a possibilidade do conhecimento e do discernimento às pessoas, na manipulação de todos os poderes, por parte daqueles que se consideram mais livres e poderosos.

Hoje, vejo um planeta escravo das manipulações mundanas.

Somos escravos do trabalho, do patrão, do sistema, do relógio, da mídia, da informática, do marketing, da politicagem, da ganância, da corrupção das poderes e dos costumes, escravos dos preconceitos velados que se propagam nas sociedades através de códigos sociais.

Os chicotes são outros.A escravidão é psicológica. Açoita muito mais que a própria escravidão do corpo.

Uma grande massa de mentes descerebradas, direcionadas ao léu, por uma avalanche de interêsses obscuros!

Um mundo cuja logística cada vez mais nos cega o discernimento para que uma pequena fracção da humanidade continue a sobreviver do holístico e repudiável parasitismo do outro.

Triste cenário esse nosso. Ilude-se aquele que acredita ser livre.

Estamos cada vez mais aprisionados à sorte da nossa própria existência.

É só por isso, que há um dia em que despertamos e sentimos medo.

Muito medo.

E inutilmente tentamos arrebentar todas as correntes!