QUANDO NASCE UM ESCRITOR?
(Do tópico do fórum do mesmo nome)
O Amargo brincou e eu acompanhei, mas vamos falar seriamente. Se definirmos o escritor como aquele que tem o dom, o escritor já nasce como tal e quem conhece um pouco o Amargo, pode supor que foi isso que ele quis dizer. E quem tem o dom, pode usá-lo oralmente ou graficamente, por escrito. O uso oral, entretanto, depende de uma tradição de contadores, daqueles que irão passar adiante o narrado, o poetizado, o fato verdadeiro, o causo ou a ficção. Em pequenas comunidades essa forma de expressão pode ter mais força. Em grandes centros, dependendo da mídia usada, da veiculação, o texto criado vai adiante, ou não. O humor percorre longas trilhas através da expressão oral. Então, é possível concordar, em parte. Frequentemente, diante da situação global, imagino o que seria do homem moderno se houvesse algum tipo de alteração catastrófica e o ser humano não pudesse mais contar com os recursos que tem hoje, em qualquer área... A resposta que encontro é que sempre haveria meios de lidar com a saúde e com a comunicação, bem como com toda a gama de aspectos, de setores do conhecimento. O homem daria um jeito. Não existe o fim enquanto houver remanescentes de nossa raça sobre a Terra. Contudo, hoje, a realidade ainda é outra. A comunicação por escrito predomina largamente, embora, com ou sem registro escrito, muitas criações possam diluir-se no nada, com o tempo. Como disse a Patrícia, há várias vertentes para a escrita, todas elas válidas. Desde que tenha alcançado o letramento, nada mais lógico e interessante do que usá-lo. O registro escrito, pelo autor ou por outrem, prolongará certamente, a vida do produto cultural de todos os gêneros de prosa e poesia, ficção e não ficção. Ocorre que nem tudo que é registrado tem valor literário. E creio que aqui chegamos ao ponto. O Magno De Barros disse: -O escritor não nasce, apenas morre... Ele é hábil em usar as palavras e em sua frase há mais uma grande verdade. Se estivermos pensando em escritor em termos de LITERATURA, ele está absolutamente certo. O que é um escritor, senão aquele que, por amor à forma escrita aprimorada, lida com as verdades eternas, tentando transmitir a dimensão do seu entendimento, de uma forma inteligível aos seus leitores? O que é um escritor, senão aquele que escreve, escreve, escreve, sem saber jamais se atingiu seus objetivos artísticos? Quantos são os case que podemos encontrar; o reconhecimento, em vida, do valor de uma obra, da capacidade de um autor?
tenho, porém, um outro ponto de vista a apresentar: o escritor nasce a cada vez em que ESCREVE; um escritor é aquele que insiste ou, se preferirem, que não desiste.
(Do tópico do fórum do mesmo nome)
O Amargo brincou e eu acompanhei, mas vamos falar seriamente. Se definirmos o escritor como aquele que tem o dom, o escritor já nasce como tal e quem conhece um pouco o Amargo, pode supor que foi isso que ele quis dizer. E quem tem o dom, pode usá-lo oralmente ou graficamente, por escrito. O uso oral, entretanto, depende de uma tradição de contadores, daqueles que irão passar adiante o narrado, o poetizado, o fato verdadeiro, o causo ou a ficção. Em pequenas comunidades essa forma de expressão pode ter mais força. Em grandes centros, dependendo da mídia usada, da veiculação, o texto criado vai adiante, ou não. O humor percorre longas trilhas através da expressão oral. Então, é possível concordar, em parte. Frequentemente, diante da situação global, imagino o que seria do homem moderno se houvesse algum tipo de alteração catastrófica e o ser humano não pudesse mais contar com os recursos que tem hoje, em qualquer área... A resposta que encontro é que sempre haveria meios de lidar com a saúde e com a comunicação, bem como com toda a gama de aspectos, de setores do conhecimento. O homem daria um jeito. Não existe o fim enquanto houver remanescentes de nossa raça sobre a Terra. Contudo, hoje, a realidade ainda é outra. A comunicação por escrito predomina largamente, embora, com ou sem registro escrito, muitas criações possam diluir-se no nada, com o tempo. Como disse a Patrícia, há várias vertentes para a escrita, todas elas válidas. Desde que tenha alcançado o letramento, nada mais lógico e interessante do que usá-lo. O registro escrito, pelo autor ou por outrem, prolongará certamente, a vida do produto cultural de todos os gêneros de prosa e poesia, ficção e não ficção. Ocorre que nem tudo que é registrado tem valor literário. E creio que aqui chegamos ao ponto. O Magno De Barros disse: -O escritor não nasce, apenas morre... Ele é hábil em usar as palavras e em sua frase há mais uma grande verdade. Se estivermos pensando em escritor em termos de LITERATURA, ele está absolutamente certo. O que é um escritor, senão aquele que, por amor à forma escrita aprimorada, lida com as verdades eternas, tentando transmitir a dimensão do seu entendimento, de uma forma inteligível aos seus leitores? O que é um escritor, senão aquele que escreve, escreve, escreve, sem saber jamais se atingiu seus objetivos artísticos? Quantos são os case que podemos encontrar; o reconhecimento, em vida, do valor de uma obra, da capacidade de um autor?
tenho, porém, um outro ponto de vista a apresentar: o escritor nasce a cada vez em que ESCREVE; um escritor é aquele que insiste ou, se preferirem, que não desiste.