O fariseu de hoje

Há pouco mais de um ano consegui ler por completo a bíblia, algo que sempre foi meu desejo, mas que eu nunca havia conseguido, talvez pelo fato deu eu ter uma atração imensa pelo novo testamento e pouco interesse pelo velho, o que me levou a ler várias vezes o N.T de Mateus a Apocalipse e apenas uma vez o velho de Gênesis a Malaquias.

Ler a biblia por completa e não apenas alguns livros soltos abriu muito a minha mente e me tirou uma série de dúvidas a cerca de Deus, mas o que me fez pensar muito ainda muito mais foi ler o livro de Mateus agora entendendo a trajetória de Jesus, o motivo de sua vinda, e compreendendo que realmente Deus é o mesmo, ele sempre foi graça e amor.

Quando começei a ler e ver o modo como agiam os fariseus, fiquei perplexa. Como podia dois povos tão distantes e tão semelhantes? Então comecei a fazer um paralelo entre as ações dos fariseus em cada versiculo em que eles eram citados e as minhas ações como evangélica, bem como as ações de outros evangélicos que eu conhecia.

Em pouco tempo já havia escrito praticamente um livro, foi um período difícil pra mim, tive que perceber o quanto eu vinha sendo hipócrita e tive que reconhecer que enquanto eu me achava a santona, não tinha percebido a verdadeira mensagem da cruz. Aos poucos tive que vômitar todos os meus conceitos e construir um relacionamento com Cristo apartir do que a palvra dizia, e não do que eu ouvia dizerem que ela dizia.

Desde então tive que aprender a receber tudo que vinha a mim, mas logo após provar, vômitar o que não condiz com o amor de Deus, tive que contruir um relacionamento com Deus apartir do que eu sou, e não do que dizem que devo ser.

Ao final percebi que só mudamos de roupa somos ainda fariseus, vivemos para a religião e não para Deus, não vivemos corretamente para agradar a Deus e sim para agradar pastores e atrair bençãos financeiras, volta e meia estamos trocando seis por meia dúzia, ditando regras que nada tem a ver com o propósito de Cristo e sim com os nossos desejos pessoais.

Pregamos que vivemos na graça, que no sábado podemos fazer tudo pois não estamos mais na lei e sim na graça, porém se um amigo passa por um problema no domingo na hora do culto, não podemos socorre-lo pois domingo é dia do Senhor.

Que fazemos nós senão seguir os mesmos preceitos religiosos que os fariseus? Trocamos a túnica pelo paletó, o sábado pelo domingo, a barba pelo cabelo, as pedras pelas palavras e não mudamos nada somos fariseus de hoje.

A seguir começarei a postar os relatos de nossas semelhanças com os fariseus, são história que em sua maioria falam de mim. E quando não, não citarei nomes para que a mesma não venha servir de tropeço para ninguém.