Sozinho no Caos
Ali sozinho pensa no caos.
Em que parte faz parte
A lua não clareia suas idéias
Seus olhos piscam em vão.
Tormento à deriva
O mar é negro e profundo
Alma de madeira podre
Um passo somente
Um minúsculo passo
Jogará seus cabelos para trás
Molhados de suor
Repartidos de medo
Alquebrados de dor
Busca a libertação do vazio
Cobre o corpo às vestes púrpuras
Pula o passo
Vertigem
A frase cada vez mais longa
Respingos de água que não vê de onde vem
Nubla os olhos
Insistentes
Acanhado agachado e abraçado aos joelhos
Só
Sem atenuantes
Ele pula no caos
E descobre nada
Um raio estoura ao seu lado
Se descobre nu
Arrepiado
Mas continua só.