Sozinho no Caos

Ali sozinho pensa no caos.

Em que parte faz parte

A lua não clareia suas idéias

Seus olhos piscam em vão.

Tormento à deriva

O mar é negro e profundo

Alma de madeira podre

Um passo somente

Um minúsculo passo

Jogará seus cabelos para trás

Molhados de suor

Repartidos de medo

Alquebrados de dor

Busca a libertação do vazio

Cobre o corpo às vestes púrpuras

Pula o passo

Vertigem

A frase cada vez mais longa

Respingos de água que não vê de onde vem

Nubla os olhos

Insistentes

Acanhado agachado e abraçado aos joelhos

Sem atenuantes

Ele pula no caos

E descobre nada

Um raio estoura ao seu lado

Se descobre nu

Arrepiado

Mas continua só.

Michele CM
Enviado por Michele CM em 13/04/2009
Código do texto: T1537480
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