O amor que não é amor
Hoje é sexta-feira santa. Na verdade já é sábado, mas vá lá. É um dia onde as pessoas queridas se unem. As pessoas que se gostam se procuram, se entretem entre si, combinam coisas que gostam de fazer juntas. E neste momento, eu, o desgastado, deprimido, oprimido e detestável garoto de 27 anos, estou completamente sozinho e isolado de tudo.
Fiz coisas que não devia para estar aqui. Menti, e não foi pela primeira vez. Deixei de trabalhar, de me entreter com alguém que já demonstrou fortemente que se agradaria com a minha presença, deixei de estar com minha querida irmã, deixei de estar com meus pais. E tudo por quê? Sim, para estar aqui com esta que diz me amar tanto, mas que só me maltrata, se maltrata e me deixa de lado para estar com os amigos. Estou me sentindo o mais estúpido dos seres. O que estou fazendo aqui, afinal?
Ela praticamente me forçou a vir, e agora é isto que recebo. Não me conformo. Não sei porque estou procurando amor assim. Sinceramente não sei porque minha carência chega tão longe.
Tenho pedido, meu Pai, Vosso sinal. Como tenho pedido. E nada me vem dizer que a deixe. Nada desde aquele sonho no meu primeiro pedido de sinal. Será que devo simplesmente me lembrar deste sinal e tomar a decisão?
Sinceramente não sei, Pai. Me sinto apegado a ela. Mas não consigo colocá-la onde gostaria. Nem consigo pensar em realmente assumir algo sério com ela. Com esse tipo de atitude, simplesmente não posso fazê-lo.
Pai, simplesmente me abençoe com toda a paciência e serenidade possíveis, porque aí estou certo de que conseguirei tomar as decisões corretas, e sei também que ficarei bem seja lá qual for o resultado disso tudo.
Obrigado Senhor. É em Vós que devo confiar, e apenas em Vós. Quantas vezes essa lição vai ser mostrada a mim sem que eu realmente a leia?
Obrigado, meu Deus.