Eutanásia, qual sua opinião?
A italiana Eluana Englaro, que estava em coma irreversível há 17 anos, depois de um acidente de carro, morreu nesta segunda-feira (09/02/09), de acordo com o ministro italiano da Saúde, Maurizio Sacconi. Desde sexta (06/02/09), ela estava sem receber comida e hidratação. A família recebeu autorização para interromper sua vida depois de dez anos de disputa judicial.
Apesar das pressões da Igreja, do governo de centro-direita do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e de políticos regionais, os médicos da clínica La Quiete retiraram a sonda de Eluana e passaram a administrar apenas analgésicos para evitar a dor da paciente.
O caso de Eluana dividiu a Itália, país de maioria católica, e levou a uma crise constitucional entre o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e o chefe de Estado, Giorgio Napolitano. Também suscitou um debate sobre a possível interferência indevida do Vaticano, pelo fato de ter tomado abertamente o partido de Berlusconi. A situação dela foi comparada à da americana Terri Schiavo, que viveu em estado vegetativo e foi autorizada a morrer em 2005, após uma longa batalha na Justiça.
Fonte: www.abril.com.br
Um polonês que permaneceu 19 anos em coma, depois de ter sido atropelado por um trem, surpreendeu os médicos ao retomar a consciência.
De acordo com a imprensa polonesa, Jan Grzebski, hoje com 65 anos, ficou espantado com as mudanças na Polônia e em sua família durante o tempo em que permaneceu em coma.
"Agora eu vejo pessoas nas ruas com telefones celulares e há tantas coisas boas nas lojas que eu fico tonto", disse ele à TV do país.
"Quando entrei em coma, havia apenas chá e vinagre nas lojas, a carne era racionada e havia imensas filas para abastecer os carros em toda parte."
NetosGrzebski deu os primeiros sinais de que estava saindo do coma muito tempo depois, quando começou um intenso trabalho de reabilitação.
Quando ele ficou inconsciente, a Polônia, hoje membro da Otan e da União Européia, ainda era um país comunista, alinhado à antiga União Soviética.
Desde então, o país abraçou a democracia e o capitalismo, o Muro de Berlim ruiu e vários presidentes assumiram o governo do país.
Mas não apenas as mudanças no país surpreenderam Grzebski. Ao acordar, ele descobriu que seus quatro filhos já tinham se casado e que agora ele tem 11 netos.
O polonês creditou sua sobrevivência ao esforço da mulher, Gertruda, que cuidou dele durante todos os 19 anos. Depois do acidente, os médicos disseram que Grzebski viveria no máximo mais três anos.
"O que me impressiona hoje são todas essas pessoas que andam por aí falando com seus telefones celulares e nunca param de resmungar", disse. "Eu não tenho nada que reclamar."
Fonte: www.jogosocial.blogspot.com
Bom, não é uma situação pacífica, longe disso, a EUTANÁSIA, não é de hoje, provoca polêmica nos lugares onde é discutida. Seria brincar de Deus interromper uma vida, por pior que fossem as condições da mesma? Seria legal abreviar o sofrimento da família que vê seu ente querido viver em "estado de morte"? Controvérsias não cessam. O tema abrange muito mais do que a existência humana e continua sendo uma incógnita, dividindo opiniões.
Familiares observando um ser humano sofrendo em estado vegetativo não é fácil, é quase inaceitável, é dor que não tem fim, é sofrimento que não se ameniza com nada. Seria desacreditar na força de Deus interromper tanto sofrimento, ceifando a vida de quem não teria chances reais de voltar a realmente viver? Por que Deus deixaria alguém em situação tão deprimente se não houvesse uma explicação maior para tudo isso? Somos sim, inferiores demais neste mundo para desvendar com plenitude de certeza certos acontecimentos. A quem cabe decifrar este mistério? Seria mesmo um mistério?
A medicina evoluiu demais, antes seria impossível manter alguém em estado vegetativo durante tanto tempo. Seria culpa dos avanços intermináveis então que impuseram uma dúvida tão cruel? Mas estes avanços não seriam fruto do que Deus já planejava em suas obras magníficas de criador? Onde tudo isso vai parar? Qual o destino sensato para tamanha dúvida? Realizar ou não a eutanásia? Será que todos não teriam a mesma chance de voltarem a ter "vida" terrena após muitos anos como já aconteceu? As famílias teriam que passar por esta provação para ter certeza do que Deus reservou para as mesmas?
Sem dúvida, a eutanásia é um assunto polêmico que mexe com sentimentos inalienáveis, que provoca dúvidas que parecem não ter fim.
Qual sua opinião a respeito deste assunto? A meu ver, o correto seria analisar bem a situação concreta e verificar se o sofrimento dos familiares vale a pena em casos irreversíveis. Porém, antes de tudo, é preciso verificar se a situação é realmente irreversível, no entanto, como saber disto se para Deus nada é impossível?
Difícil prever o fim desta discussão, sou a favor da eutanásia, com restrição, em casos de sofrimento intenso, ou seja, casos em que a família está morrendo literalmente com a situação, mas ainda há muito a se pensar, a se discutir.
Dê sua opinião e ajude, não só neste tema, mas em muitos outros, a encontrar soluções eficazes para o cidadão. Viver não é esperar sentado as coisas acontecerem, é participar com ênfase dos problemas cotidianos, é procurar colocar no coração de cada ser humano um pouco de amor e paz!