DE HABITOS NOTURNOS
De noite pintei a madrugada,
de negro as fantasias
acena no grisalho horizonte
o ocaso dos meus sonhos.
Uma deserta estrada
um dia sem sol
uma noite sem lua
eu só no meio da rua
coberto por negro manto
e uma só estrela,faz frio.
A minha vida eterna rotina.
É carnaval !
Me sitio.
É o galo que canta
é o gato que mia.
São os meninos;
no colo pensam que os viralatas latem.
São ganços que em pernas avançam.
São os patos em curtos voos,
logo em lagos deslisam.
São os pássaros em revoadas
são dos galhos sua pousada,
as sombras da minha amada.
Assim fez o dia.
Arrebol.
Do alto das árvores
cantam as cigarras
paradoxos.
Será toque de recolher
ou alvorada ?
Neste momento a transição
da bicharada.
Do céu vermelha cortina
precede do cinzento ao negro manto.
No céu centenas de pirilampos
a clonar o brilho das estrelas.
Entra em cena, na moita
o coaxar dos sapos.
Da eterna briga asas e patas
o atrito estridente canto dos grilos.
De hábitos noturnos na escuridão
um brilho se faz de silêncio
no piar da corujinha.
Rs t...
Iguaba 21 de Fevereiro de 2009 00:00:01 hs.