O TALVEZ DE UM ADEUS
Nesta tarde aconteceu.
Nos teus sonhos cheguei
e no que nunca pensei
voces verão no que deu.
Nas tuas roupas vi o tempo passar,
enquanto num canto ficava a pensar.
Estou aqui envergonhado
por isto nunca havia passado.
Numa camisa de força, meio passado
sentia vontade de abraça-la
mas reparei seu olhar sempre desviado
como se fosse do quarto para sala.
Olhava-a constantemente a todo tempo
como se quisesse ler seus pensamentos.
De amor apenas panos quentes
e tudo passava em nossas mentes.
Algumas lembranças
doeram como ferro quente,
outras de criança
inconseqüente.
Meu caminho sempre foi de pedra
que fiz questão de relembrar.
Na saída mais uma pedra
simples para no coração guardar.
Bela senhora
me ouça agora
do rosto a sua tez
mão foi a ultima vez?
Se pensava em ti chovia
e era só poesia.
Agora se penso em ti chove,
e choveu, para que tudo se comprove.
Um ultimo e derradeiro abraço
na porta do elevador.
Fez-se a despedida dos braços teus,
uma quadra sem rima, com o talvez de um adeus!
Rs t....