eurekes!
são grandes olhos estes que me observam agora... girando...girando...um sobressalto de pestanas mirabolantes ...desvendando a pressuposta estética em crítica existencial...uma cadência afetada pela vacuidade deste pensamento destruidor de paradigmas...e eu ouso usar as vestimentas da metafísica do desnudamento...em substancializações que imolam a comunicação desgastada e poluída dos clichês. é pouco vencer a realidade, quando se pode criar outra na perspectiva do possível... é um descontínuo passo esta arte que desmancha a notoriedade desta outra que se desmancha por ser obtusa...eu grito é do avesso mesmo. não há nada mais livre do que andar descontínuo... revertendo o sentir embutido. Fazendo da ação de observador uma catarse de experimentações que rebolam as tripas ou mesmo cospem fogo. é mais um parto estas descobertas, algo que nos leva a vomitar coisas que habitam o âmago de todo sentir que se descobre doador de possibilidades...
comecei o dia assim, andava e procurava vestimentas para desnudar a cria, e toda trajetória visitada me estripava sangue pensante. eu, com a imaterialidade em desfoque, e enojada pela perspectiva do fazer antigo... cada sucção da mente se entretendo com o domínio das técnicas e linguagens prepostas, e tanto mais ainda...pela possibilidade do descobrir colônias de caravelas e tatuar-se com elas...mas uma sensação de adivinhar um elefante dentro de um chapéu...Tudo isto para dizer que mutações se estabelecem nas necessidades do auto-descobrir-se, como um pingo de chuva caindo num labirinto enfurecido...tudo aquilo que só sente quando se tem sede de outra realidade, porque a imaginação do artista é o além das metáforas...um descontínuo passo que nos leva a inúmeros olhares...um caso eu diria de pós dejavú...
eureks!! tudo se resume num plim plum de um suor caindo do rosto nas horas em que se desordenam as práxis, em caminhada não linear e descruzar dos braços...