O que impede o Brasil de evoluir?

Quando eu vejo um país inserido em uma porção privilegiada do planeta (com a maior quantidade de água potável do mundo, e a maior concentração florestal), um país cheio de minério em seu subsolo, rico em talentos vivos e outros que deixaram uma obra imortal, não tenho como evitar a pergunta: Qual é o impedimento do Brasil?

Esta bela e gigante nação lembra muito aquela brincadeira em que uma pessoa fica presa por uma risca de giz em torno de si. Mas isso é jogo de criança. Sei que nosso país é jovem, mas não é tão criança assim. No entanto, a Ilha de Vera Cruz parece estar brincando de ficar presa em uma circunferência de giz. Não consegue enxergar que pode andar, pode correr em direção a um progresso muito mais célere do que esse que vem desenvolvendo.

A terra de Machado de Assis, Monteiro Lobato, Adib Jatene, Ivo Pitanguy, Oscar Niemeyer, Edson Arantes, Caetano Veloso (para citar poucos e não me tornar cansativo), não merece passar pelo que está passando. A Terra de Santa Cruz já mostrou que tem capacidade para sair do lugar medíocre em que se encontra (economia emergente). Somos de primeiro mundo, e, para essa realidade chegar mais depressa, só precisamos de uma coisa: Que povo e governo (os três poderes em todas as esferas: federal, estadual, distrital e municipal), se unam em torno de uma causa comum: Proteger a todos com bons serviços: Boa educação, boa saúde, boas estradas, um certo nível de segurança pública, pois hoje estamos à mercê dos bandidos, dos buracos nas estradas, do SUS e da péssima qualidade da educação, tanto pública como privada.

Reconheço que a parte difícil da questão é a educação, pois depende de muitas pessoas. Não se resolve com simples investimentos. Até países de primeiro mundo batalham para melhorar esse item, pois essa questão é mais delicada.

Mas convenhamos: A saúde pode melhorar, não pode? A ciência já criou aparelhos e tecnologia que transformaram muitas doenças em peças de museu. Ainda se morre de dengue, quando todo mundo sabe como evitá-la e como tratá-la. Estamos nas mãos de Deus, pois se dependermos do SUS, morramos antes de ingressar no hospital, para não sermos maltratados lá, além de ainda podemos pegar infecções hospitalares. Isso se conseguirmos vaga, pois a fila é grande.

Que culpa carregamos nós por aceitarmos nossos políticos do jeito que são. Que enorme culpa têm os legisladores, que trabalham principalmente em causa própria, desprezando completamente os esquecidos eleitores, que nem sabem em quem votaram na mais recente eleição. Que culpa têm os juízes vendedores de sentenças. Que pobres somos nós, a ocupar o território de tão rico país! Como somos fracos de vontade de melhorar!

Texto criado em 25 de janeiro de 2009, às 21h40.